Evento do jornal Correio Braziliense discute o combate ao contrabando

Por ETCO
15/08/2017

A evasão fiscal acumulada entre 2011 e 2016, apenas por conta do contrabando de cigarros no Brasil, é de R$ 30,2 bilhões. Autoridades e especialistas vão debater, na próxima terça-feira, formas mais eficientes de combate a esses tipos de crimes. O encontro ocorrerá no auditório do Correio Braziliense, no seminário “O Brasil que nós queremos: unidos pelo fim do contrabando e da criminalidade”.   Já estão confirmadas as presenças do ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim; do deputado Efraim Filho (DEM/PB), presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Contrabando; de Edson Vismona, coordenador do Movimento em Defesa do Mercado Legal; de Mauri Cönig, jornalista e diretor da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo; e de João Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

“Estamos oferecendo ao governo uma alternativa para melhorar a arrecadação sem aumentar impostos. O contrabando é um crime nocivo para a sociedade porque deteriora o mercado formal de trabalho, financia o narcotráfico e prejudica o ambiente de negócios”, enumerou Edson Vismona, presidente do ETCO. “É imprescindível que o governo tenha mais rigor para combater a evasão fiscal.”   No seu entender, todos os recursos do contrabando financiam o crime organizado. “Nós defendemos a adoção de ações sistêmicas e sistemáticas de integração das forças que atuam nas fronteiras do país para coibir as atividades criminosas”, afirmou. A ideia é promover uma ação integrada das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil com a Receita Federal e as Forças Armadas. “Eles (bandidos) não agem em ações isoladas, são crimes de alta complexidade e organizações sofisticadas. Só conseguiremos combater o contrabando e a pirataria com uma ação integrada, para otimizar recursos públicos e buscar resultados. O difícil é colocar isso em prática”, alertou. Algumas falsificações não passam pela alfândega porque são feitas no Brasil. O alerta ocorreu durante o Fórum Antipirataria da HP, realizado em Brasilia. O diretor de Investigações da HP, Paulo Lino, que trabalhou na PF no combate ao crime organizado, afirmou que 7% do comércio mundial, atualmente, é de produtos piratas. “Pirataria envolve corrupção, e os órgãos públicos são os maiores compradores de tinta e toner piratas”, disse. De acordo com Lino, 90% dos produtos falsificados da HP apreendidos são produzidos no país. Ele explicou que os maiores compradores são órgãos públicos, porque produtos falsos são mais baratos, e o critério é comprar pelo menor valor.

Quando: 15/08/2017. das 9h às 11h30

Onde:  Auditório do Correio Braziliense ( Setor de Indústrias Gráficas (SIG), Quadra 2, Número 340

Inscrições gratuitas pelo e-mail defesamercadolegal@gmail.com