Riqueza destruída pelo crime

Brasil se tornou terreno fértil para o contrabando e para o tráfico de armas e de drogas. Combate a tais ilícitos passa pela simplificação de impostos

O país se tornou um mercado fértil para produtos contrabandeados e pirateados. Não por acaso, tornou-se o maior mercado global de ciganos ilegais. O cigarro do nosso vizinho, o Paraguai, já ocupa 48% de todo o mercado nacional,  um número recorde que traz enorme prejuízo à economia brasileira.
O problema se agrava porque esse crime não vem sozinho. Prejudica o comércio e a indtústria locais, reduz a arrecadação de impostos e os empregos, aumenta os riscos à saúde e incentiva o crime organizado e o tráfico de drogas e armas. O enfrentamento do problema passa pela revisão tributária para que os setores, pesadamente tributados, e que sofrem um grande impacto do contrabando, possam se manter de pé.

O desequilíbrio na tributação regional é evidente nos setores mais prejudicados pelo contrabando e a pirataria, como o de combustíveis e o de tabaco. Enquanto a carga de impostos em cima do cigarro é de 16% no Paraguai, a mais baixa do mundo,  Brasil, Argentina e Chile cobram de 70% a 80%.

“O mundo inteiro defende que é preciso ter um tributo mais alto para cigarros, a fim de combater o consumo. O Paraguai ignora isso. Daí o desequilíbrio regional. Estamos Incentivando o contrabando. A sugestão apresentada na última convenção da Organização Mundial do Comércio (OMC) é a equalização de impostos de Brasil e Paraguai, já que a diferença atual estimula o comércio Ilícito”, diz Edson Vismona, presidente executivo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP).

Ele explica que a sobrevivência as companhias brasileiras depende do efetivo combate às fraudes, como a sonegação, o contrabando, o descaminho, o subfaturamento. “Somos, absolutamente, convergentes. Se não tivemos isso em mente, essas empresas, simplesmente, não sobrevivem”, lamenta. Para Vismona, todos perdem com a sonegação de impostos, pois bilhões de reais são subtraídos do erário. A competitividade do país diminui, uma vez que as empresas que pagam os impostos têm de concorrer com as que não pagam nada.

” É impossível concorrer. Sofremos isso em várias situações, temos um peso a empurrar e os outros, livres e soltos, ganham mercado, mas não pela competitividade, e quem perde é o país pela redução de investimentos produtivos”, ressalta. 0 devedor contumaz também preocupa o ETCO. De acordo com Vismona, o Brasil vive uma situação singular, em que empresários, de todos os setores, que não passam de bandidos, se instalam no mercado, já com a intenção de não pagar imposto. O negócio desses empresários inclui protelar, ao máximo, o acerto com o Fisco, ficando o prejuízo para o erário e os contribuintes.

Somente no ramo de combustíveis, Vismona calcula que o prejuízo chegue a R$ 2 bilhões ao ano. “No caso dos cigarros, em um período mais amplo, R$ 17 bilhões são irrecuperáveis. Quando a Receita vai atrás, a empresa já fechou ou já mudou de CNPJ, adverte. Não há mais espaço para o leitinho” A ética concorrencial e a  defesa da legalidade são fundamentos da convivência, e incentivam o desenvolvimento de qualquer país, segundo o presidente executivo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), Edson Vismona.

Para ele, ao se analisar a situação dos países mais ricos pelo índice de Desenvolvimento Humano (IDH), pode-se constatar que o respeito à ética, o combate à corrupção e à defesa da Lei norteiam essas nações.

“Se não tivermos a questão ética posta, e a defesa da lei como algo absolutamente central da nossa atividade, vamos ficar, sempre, atrás dos jeitinhos. E não chegaremos a lugar nenhum. Isso é a base e o fundamento para criar um país desenvolvido”, afirma. O respeito à ética e a defesa da lei devem nortear os debates de candidatos às eleições de outubro próximo, em todo o Brasil.  Ao fazer essa defesa, Vismona diz que debates sobre tributação e desenvolvimento econômico são “absolutamente importantes, no processo de discussão do nosso destino e sobre o que queremos para o país”.

“O momento é muito importante. O Brasil precisa tomar um rumo definitivo. Nós estamos absolutamente cansados de, a cada momento, termos um período de crescimento para depois mergulharmos em uma situação de recessão, o chamado voo de galinha. Nós não merecemos isso”, desabafa o presidente do ETCO.

Integridade

Vismona considera bem-vindas as contribuições que possam elevar o debate sobre questões importantes do Brasil, como tributação e segurança, e que vão nortear, de forma mais concreta e consistente, o futuro do país. O executivo diz que simplificação é a palavra mágica para o sistema tributário brasileiro. Enfatiza, ainda, que os empresários têm que respeitar posturas éticas, também, uma vez que esse tipo de posicionamento é um estímulo ao desenvolvimento de qualquer nação.

O imposto, de acordo com o executivo, é um peso acorrentado aos pés dos brasileiros. E o arrastar dessa bola de ferro precisa ser mais leve para os contribuintes. “Precisamos dar condições de competitividade, ampliar a concorrência e fazer com que todos respeitem as mesmas regras esse é o conteúdo principal das ações nas quais estamos envolvidos. Queremos fortalecer, cada vez mais, esse sentido de construção e respeito a um país que nos dê orgulho de participar”, afirma.

Fundado em 2003,0 ETCO promove a integridade no ambiente de negócios. O Instituto defende o cumprimento das obrigações tributárias por todos e a simplificação do sistema de impostos, para torná-lo mais transparente e menos oneroso a todos os contribuintes, de maneira geral.

 

Impostos podem aumentar, diz Raul Velloso.

Para economista, sem corte de gastos, o setor público correrá o risco de ter que elevar ou taxar mais os cidadãos

É bom que todos os brasileiros se preparem, porque o próximo governo deverá ser pressionado a aumentar impostos, para equilibrar as contas públicas. O alerta é do consultor econômico, Raul Velloso. “Será um desastre se isso acontecer. Mas não podemos abstrair que há um momento econômico a ditar as coisas. E esse momento econômico mostra que o país está mergulhado num desequilíbrio fiscal gigantesco”, diz.

IMG_0358 Diante da difícil situação que as contas governamentais vivem no momento, com deficits sucessivos desde 2014, tudo é possível. A perspectiva é de que as contas públicas só voltem ao azul em 2021, na melhor das hipóteses. Segundo ele. o descalabro da situação fiscal do governo começou em 2010, quando a arrecadação da União em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou a cair. As receitas (ante o PIB) começaram a desabar antes mesmo de a recessão entrar em cena. E o gasto continuou seu curso ascendente”, frisa.

ParaVelloso, a situação fiscal do governo é das mais difíceis que o país já atravessou. E lançar mão do aumento de impostos será uma alternativa para o governo que tomará posse ano que vem. O rombo previsto nas contas deste ano é de R$ 159 bilhões. “Ninguém aceita fazer as outras coisas que poderiam ser feitas. Temos, hoje, o r maior desequilíbrio fiscal da nossa história, e uma situação com urna falta de disposição das lideranças políticas para enfrentar isso, do lado que tem que ser enfrentado, que é o lado do gasto”, assevera. Na opinião do economista, é natural que, para sanar o deficit fiscal, o governo traga para a mesa a discussão de uma nova rodada de aumento na tributação. “O problema é que não se consegue mexer em gasto no Brasil. É  impressionante”.  Para tentar mudar esse quadro, ele convoca entidades, como o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), e a sociedade em geral, que clama por uma carga tributária menor e de melhor qualidade, “para um esforço de controle e redução do gasto público”.

“Repito, o desequilíbrio fiscal é gigantesco. Virá uma pressão por aumento da carga tributária. Não sei dizer em que momento, mas certamente virá no próximo governo, porque agora é mais difícil”. afirma. Tal esforço conjunto precisa envolver “soluções realmente inovadoras. O esforço de melhoria do gasto público não pode esperar”, diz Velloso. No entender dele, é preciso olhar para frente, pois, se o país ficar simplesmente levantando problemas antigos e não enfrentando a questão da necessidade de corte dos gastos governa-mentais, a fatura virá pelo caminho mais fácil: a alta da carga tributária.

Fonte: Caderno especial Correio Braziliense, Tributação e Desenvolvimento Econômico (14/03/2018)

 

Correio Braziliense debate as dificuldades causadas ao país pela carga tributária

Os entraves estruturais e burocráticos que dificultam o desenvolvimento econômico do país serão tema do seminário Correio Debate: Carga Tributária no Brasil, no próximo dia 20. Um dos pontos mais importantes da discussão é o custo Brasil, conjunto de dificuldades que encarecem o investimento, aumenta o desemprego, o trabalho informal, a sonegação de impostos e a evasão de divisas. As inscrições são gratuitas. Para participar, basta se cadastrar pelo site www.correiobraziliense.com.br/correiodebate até a véspera da mesa redonda.

A palestra de abertura será do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, às 9h. Em seguida, Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), e Efraim Filho, deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Contrabando e à Falsificação, falarão sobre Impostos: uma discussão necessária. Vários especialistas tratam do tópico Tributação e reflexos jurídicos.
O consultor tributário ex-secretário da Receita, Everardo Maciel, e Roberto Haddad, sócio responsável pelo Departamento Tributário da Consultoria KPMG, e o presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), Evandro Guimarães, vão falar sobre Custo Brasil e o Sistema Tributário Brasileiro. No encerramento, a palestra será de José Augusto Fernandes, diretor de Políticas e Estratégia da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Evandro Guimarães, do ETCO, argumenta que se houver aumento de impostos, o contrabando cresce, o governo, a sociedade e a indústria perdem. Dessa forma, é crucial que isso não ocorra e que se adote medidas fiscais e estruturais que permitam um ambiente justo de competitividade.

“Impostos são necessários em todos os países. Não vamos discutir se são bons ou ruins, certos ou errados, mas é importante conversar sobre a intensidade e utilidade deles”, ressaltou Paulo César Oliveira, diretor de comercialização e marketing do Correio Braziliense.

 

Fonte: Correio Braziliense (14/09)

Correio Braziliense realiza evento que vai debater o “custo Brasil”. Inscreva-se

DIVULGA SITEO evento Correio Debate: Carga Tributária no Brasil reunirá especialistas e autoridades em um diálogo sobre possíveis entraves que dificultam o desenvolvimento do país e os caminhos para a retomada do crescimento da economia. Um dos pontos da discussão é o chamado “Custo Brasil”, o sistema tributário brasileiro. Quanto as empresas legalmente estabelecidas no país dispendem (em tempo e dinheiro) para cumprir de forma satisfatória as obrigações impostas pelas leis atuais? A estrutura do sistema tributário, impostos e seus reajustes e o avanço do mercado ilegal também serão debatidos nesta mesa redonda, entre outros temas. O evento é uma realização do Correio Braziliense juntamente com o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP). Participe desse debate inscrevendo-se gratuitamente aqui. As vagas são limitadas.

Quando:20/09/2016

Horário: 8h30

Local: Auditório da sede do CORREIO BRAZILIENSE no DF

SIG QUADRA 02, Nº 340. BRASÍLIA-DF

Programação: clique aqui

 

Governo fixa em R$ 66,3 bi meta fiscal para 2015 e vê alta de 0,8% para PIB

Documento enviado pelo governo nesta quinta-feira (4) ao Congresso Nacional revisou para baixo a estimativa de crescimento da economia brasileira em 2015, de 2% para 0,8%, e fixou em R$ 66,3 bilhões a meta de superávit primário – a economia feita para pagar juros da dívida pública e tentar manter a sua trajetória de queda – do setor público.

A revisão foi feita pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em atualização da proposta de meta de resultado primário, do projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO).

Fonte: G1 – 04/12

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Serviços de data centers localizados no Exterior são sobretaxados pela Receita

(Executivos Financeiros – 03/11)

As empresas brasileiras que contratam serviços de armazenamento e processamento em data centers no Exterior sofrerão uma sobretaxação calculada em 50%, com a aplicação do Ato Declaratório número 7, da Receita Federal, publicado na edição de 18 de outubro do Diário Oficial, entrando em vigor a partir de então.

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Alta de impostos terá impacto mínimo sobre preço das bebidas, diz Receita

Os novos multiplicadores usados para calcular os tributos sobre as bebidas frias – cerveja, refrigerante, refresco, isotônicos e energéticos – terão impacto mínimo sobre os preços finais, informou, no último dia 01/10, a Receita Federal. Segundo o coordenador-geral de Tributação do órgão, Fernando Mombelli, os preços subirão no máximo 0,25% com o aumento da base de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

De acordo com Mombelli, os refrigerantes em lata subirão até 0,17%, e os refrigerantes em garrafas de vidro aumentarão até 0,2%. Os preços dos refrigerantes em garrafa PET, que concentram 80% do mercado do setor, não sofrerão reajuste porque não tiveram a base de cálculo alterada. Para as cervejas, o impacto corresponderá a 0,23% para as garrafas retornáveis de vidro, 0,25% para a cerveja em lata e 0,22% para as garrafas descartáveis de vidro, também chamadas de long neck.

O coordenador da Receita destacou que os percentuais não serão necessariamente repassados aos preços. “São apenas os impactos máximos, caso os fabricantes decidam repassar toda a alta dos tributos. É importante lembrar que o mercado é livre, e as empresas podem absorver o custo tributário maior, até porque os percentuais são pequenos”, alegou.

O aumento pode nem chegar ao consumidor. Semana passada, empresários do setor de bebidas reuniram-se com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e asseguraram que absorverão os custos, sem aumentarem preços, até que um novo modelo tributário para o segmento entre em vigor, no início de 2015. As discussões começaram em setembro e devem prosseguir até o fim do ano.

Empresários e governo discutirão um novo sistema que substitua o atual, no qual as alíquotas incidem não sobre os preços no varejo, mas sobre uma tabela de preços pesquisada pela Fundação Getulio Vargas e atualizada anualmente. As alíquotas, na verdade, não incidem sobre os valores médios cobrados do consumidor final, mas sobre um multiplicador que reduz a base de cálculo para refletir os preços nas fábricas.

Fonte: EBC – Agência Brasil
Colaboração: Pernord Richard

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Programa que devolve 30% do ISS é implantado em Vitória

Parte do imposto que o contribuinte paga em estacionamentos, academias, escolas particulares ou lavanderias, será devolvido em forma de abatimento no Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) ou mediante depósito em conta corrente. Nesta segunda-feira, dia 1º, começou a funcionar o Nota Vitória, programa que vai gerar um crédito de 30% sobre o valor do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) para o consumidor que, ao receber a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) solicitar a inclusão de seu CPF.

Faculdades, cursos de idiomas, construtoras, lojas de conserto de eletrodomésticos, salões de beleza, hotéis, oficinas mecânicas e empresas de vigilância e limpeza também estão entre os serviços que gerarão créditos. Para receber o benefício, é necessário se cadastrar no site www.notavitoria.com.br. Entretanto, os créditos vinculados ao CPF serão gerados automaticamente, quando a Nota Vitória for emitida.

O valor mínimo para resgate dos créditos será de R$ 25, mas o benefício precisa ser o titular da conta bancária e estar regular com a Secretaria Municipal de Fazenda (Semfa) no momento da devolução. Não gerarão créditos as atividades de prestação de serviços que não são obrigadas a emitir a nota fiscal eletrônica, conforme portaria 58-2013, como planos de saúde, pedágios, advogados, contador, dentista, médico, serviços realizados por Microempreendedor Individual – MEI (empresa individual enquadrada no Simples Nacional, com faturamento anual de até R$ 60 mil), instituições financeiras e cartórios.

Fonte: Portal Revista ES Brasil

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