Projeto para penalizar cartéis é adiado pela segunda vez em comissão do Senado

A votação de um projeto de lei que pretende criar incentivos para empresas lesadas por cartéis buscarem a Justiça foi adiada duas vezes.
O texto seria apreciado na Comissão de Assuntos Econômicos na semana passada, ma, com a paralisação dos caminhoneiros, foi remarcado esta terça-feira (5). Não houve quórum suficiente de senadores na segunda data, e o projeto não foi votado.

A proposta tem a relatoria do senador Armando Monteiro (PTB-PE) e deverá ser pautada pela terceira vez na terça-feira (12), segundo o gabinete do político.
Se aprovada por votos 14 na comissão, ela segue direto para a Câmara dos Deputados. Pelas regras do projeto, uma empresa que sofreu danos de um cartel poderá pedir na Justiça o dobro do prejuízo que teve, a título de ressarcimento.
O prazo para prescrição aumenta e passa a ser de cinco anos após o julgamento do Cade (Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência). O órgão só aplica multas que vão para o Tesouro, referentes a interesses difusos.A justiça é quem determina o ressarcimento às empresas que foram vítimas dos cartéis.

Ações do CADE sobre carteis_grafico 1

Ações do CADE sobre carteis_graf2

O texto cria a tutela de evidência: se há juízo do Cade sobre a formação de cartel, a Justiça já poderá considerar a questão decidida. 0 projeto é positivo, mas pode ser aperfeiçoado, diz Bruno Drago, advogado do Demarest: “A possibilidade de ressarcimento equivalente ao dobro do prejuízo poderia valer também para condutas de empresas monopolistas”.
A criação de mecanismos para que companhias busquem a aplicação de regras é uma tendência, diz Edson Vismona, presidente do ETCO (Instituto Brasileiro de É).

“Discute-se fiscalização e reforço por parte dos pares, que apontam desvios e pedem providências às autoridades”.

Souza Cruz: desafio de manter a lucratividade em um setor controlado

As diversas proibições impostas à indústria de cigarros têm feito com que as fabricantes sejam cada vez mais criativas para não perderem receita e espaço para concorrentes. Com a impossibilidade de trabalhar a comunicação visual e a publicidade, a saída foi voltar-se ao investimento em inovação e diferenciação no produto, estratégia adotada pela Souza Cruz. Embora a parceria com outras marcas na logística de distribuição de artigos também ajude na rentabilidade da operação, a companhia garante que seu foco continua no cigarro.

(Fonte: Mundo do marketing – 25/11)

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