Rachid critica projeto que eleva limites do Simples

A mudança na cobrança do Simples Nacional “não vai ser boa para as contas públicas”, disse ontem o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, ao se referir ao projeto que eleva os limites de enquadramento no programa. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 125/2015 foi aprovado no ano passado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e agora vai para o plenário. “Se [o PLC 125/2015] for votado dessa forma, se for concedido o novo patamar, isso não vai ser bom para as contas públicas”, afirmou durante encontro, em São Paulo, promovido para debater a elevação do teto do Simples.

Fonte: Valor Econômico (16/02)

Para ler a matéria completa, clique aqui

ETCO realiza workshop para discutir mudança no Simples Nacional

_FLA3993

Evento teve participação do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, e de especialistas em tributação

 

 

O ETCO-Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial realizou em São Paulo, no dia 15 de fevereiro, o workshop A Ampliação do Simples Nacional. O evento reuniu representantes empresariais, administradores tributários e economistas especializados em tributação com o objetivo de analisar o Projeto de Lei da Câmara (PLC 125-2015) que amplia limites de faturamento e introduz mudanças nas regras do Simples Nacional e do Microempreendedor Individual (MEI).

O encontro contou com palestras do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid; de Luciano Garcia Miguel, representando o secretário da Fazenda de São Paulo, Renato Villela; do economista Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal; e do economista Fernando Holanda Barbosa, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Os quatro palestrantes fizeram críticas ao texto do PLC 125 que está prestes a ser votado no Congresso.

A mediação foi do presidente do ETCO, Evandro Guimarães, que explicou o objetivo do encontro: “O Brasil precisa entender melhor o que está sendo proposto nessa PLC, quais são os impactos para o ambiente de negócios e para o País. Nossa intenção foi reunir especialistas no assunto para compartilhar suas visões e ajudar a aprofundar esse entendimento”.

A seguir, alguns dos principais pontos do projeto e as críticas dos palestrantes:

Secretário da Receia Federal - Jorge Rachid1) Ampliação progressiva do limite de receita para enquadramento no Simples Nacional dos atuais R$ 3,6 milhões até R$ 14,4 milhões em 2018 para tributos federais (para ICMS, estadual, e ISS, municipal, o limite permanece em R$ 3,6 milhões).

Segundo Jorge Rachid, essa ampliação causará perda anual de R$ 16,1 bilhões na arrecadação federal a partir de 2018, um efeito oposto ao do esforço fiscal necessário para equilibrar as contas públicas.

Na opinião de Bernard Appy, mesmo nos limites atuais, o Simples Nacional não cumpre uma de suas promessas iniciais, que era favorecer as empresas que mais sofrem concorrência desleal da economia informal. Essas empresas costumam ter baixa margem de lucro, o que inviabiliza sua adesão ao programa, que calcula o tributo sobre o faturamento. “O Simples beneficia quem menos precisa, que são as empresas de alta margem de lucro e empresários com alta renda pessoal”, afirmou. Segundo ele, a ampliação do limite de faturamento aumentará ainda mais essa distorção.

_FLA4160

De acordo com Fernando Holanda Barbosa, nenhum outro país do mundo tem um programa de benefícios para a pequena empresa com limite tão alto quanto o do Simples Nacional atualmente. Ele afirma que a renúncia fiscal do Simples atingiu em 2015 a cifra de R$ 72,4 bilhões de reais. “O projeto é caro e teve pouco impacto em seu propósito de reduzir a informalidade”, disse. “A ampliação do limite só vai piorar esse quadro”.

 

_FLA4098Embora o PLC 125 mantenha os limites de faturamento para ICMS e ISS em R$ 3,6 milhões, o representante do governo paulista afirmou que a ampliação do limite para os tributos federais causará redução nos fundos de repasse federais para estados e municípios. “Haverá perdas importantes nesses repasses”, afirmou Luciano Garcia Miguel. A Receita Federal calcula que a redução poderá chegar a R$ 7,5 bilhões ao ano a partir de 2018.

 

2) Aumento do limite de faturamento do Microempreendedor Individual (MEI) de R$ 60 mil para R$ 90 mil ao ano

_FLA3884O economista Bernard Appy acha a elevação do limite do MEI “desnecessária e injustificável”.  Ele vê uma contradição nos critérios que tributam os trabalhadores assalariados e os participantes do MEI. “Quem trabalha com carteira assinada e ganha R$ 5 mil é tributado na faixa mais alta do Imposto de Renda, de 27,5%. Se receber o mesmo valor como MEI, paga 1% de imposto”, comparou. “O Brasil precisa decidir se quem ganha R$ 5 mil por mês é rico, como acha o Imposto de Renda, ou se é pobre, como apregoa o MEI”.

Já o representante do fisco paulista afirmou que a elevação do limite reduzirá a receita tributária de estados e municípios. “O estado de São Paulo perderá R$ 100 milhões ao ano”, disse Luciano Garcia Miguel.

3) Inclusão de parte da indústria e do comércio atacadista de bebidas alcoólicas no Simples

O secretário da Receita prevê redução da arrecadação de impostos nesse segmento. Segundo Jorge Rachid, empresas do setor, que hoje pagam alíquotas elevadas, deverão optar pelo Simples Nacional para pagar menos impostos e poderão até se desmembrar em várias companhias para permanecer dentro dos limites de faturamento exigidos.

O economista Bernard Appy citou outro prejuízo. De acordo com ele, no segmento de bebidas, a tributação tem também a função de controlar a demanda. Impostos menores estimulam o consumo alcoólico.

4) Inclusão de pequenas empresas de crédito no Simples Nacional

Os quatro palestrantes afirmaram que essa inclusão representará a legalização do empréstimo sem controle de órgãos públicos. “Será a institucionalização da agiotagem”, criticou o economista Bernard Appy.

O economista Fernando Holanda Barbosa ressaltou que o PLC 125 não estabelece limite de juros nem controle do Banco Central nos empréstimos oferecidos pelas instituições beneficiadas. “Um absurdo”, lamentou.

Projeto com novos limites para o Simples Nacional terá regime de urgência

Foto: Ana Volpe (Agência Senado)
Foto: Ana Volpe (Agência Senado)

Os senadores aprovaram nesta terça-feira (15) a votação em regime de urgência para o projeto que aumenta os limites de enquadramento no Simples Nacional. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 125/2015 eleva de R$ 360 mil para R$ 900 mil o teto da receita bruta anual da microempresa e de R$ 3,6 milhões para R$ 14,4 milhões o da empresa de pequeno porte.

Igualmente ganharam urgência o PRS 84/2007, apresentado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que define um limite global para o montante da dívida da União, e o PRS 61/2015 que cria no Senado a Instituição Fiscal Independente (IFI). A instituição deverá aprimorar os mecanismos de avaliação e controle social da política fiscal.

Calendário especial

A proposta de emenda constitucional que proíbe a União de criar despesas para estados e municípios sem repasses correspondentes terá um calendário especial de votação. A agilidade no exame da PEC 128/2015 também foi aprovada nesta terça.

Apresentada pelo deputado Mendonça Filho (DEM-PE), a proposta tem a mesma finalidade da PEC 84/2015, aprovada em agosto pelo Senado e que espera análise da Câmara dos Deputados. Assim como o texto dos deputados, a proposta defendida pela senadora Ana Amélia (PP-RS) tem o objetivo de atender uma antiga reivindicação de estados e municípios contra a criação de programas federais com execução a cargo destes entes da federação.

Fonte: Agência Senado (15/12)

Alterações no Simples Nacional podem ser votadas até o fim do ano, diz Renan Calheiros

Jonas Pereira_Agência Senado
Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

O presidente do Senado, Renan Calheiros, garantiu na tarde desta terça-feira (8) a um grupo de representantes das micro e pequenas empresas que conversará com os líderes partidários para votar, ainda este ano, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 125/2015. A proposta, que altera as regras do Simples Nacional para beneficiar esse setor da economia, foi aprovada pela manhã na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O colegiado também aprovou pedido de urgência para o exame em Plenário.

Pelo texto, o limite da receita bruta anual para que o empreendimento se enquadre como microempresa (ME) sobe dos atuais R$ 360 mil para R$ 900 mil. Para ser considerada empresa de pequeno porte (EPP) o teto sobe de R$ 3,6 milhões para R$ 14,4 milhões e para ser microempreendedor individual (MEI), o limite passa de R$ 60 mil para R$ 90 mil. Poderá aderir ao Simples do empreendedor do meio rural quem tiver receita bruta de até R$ 90 mil.

Se for aprovado com as mudanças feitas no Senado, o projeto volta para a Câmara dos Deputados. No encontro feito com o presidente Renan, a relatora da proposta, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) e o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), explicaram as alterações. De acordo com ele, a maior parte das regras só valerá a partir de 1º de janeiro de 2017, mas o prazo do chamado Refis do Simples, que permitirá aos micro e pequenos empresários parcelar débitos tributários em até 120 meses, pode entrar em vigor em 2016.

Marta Suplicy explicou que o ICMS (estadual) e o ISS (municipal) poderão ser pagos por fora da guia do Simples Nacional, na parte da receita bruta anual que exceder R$ 3,6 milhões.

— Com o atual cenário econômico, haverá demissões formais, não adianta tapar o sol com a peneira. Nosso papel é ajudar aqueles que ao perderem o emprego, queiram se tornar microempresários — argumentou a senadora.

O presidente do Senado prometeu que tratará do assunto com os líderes dos partidos.

— Vou conversar com os líderes e faremos o que for possível para votarmos o texto em Plenário o mais rápido possível — disse Renan Calheiros aos representantes de vários setores, como microcervejarias, vinícolas e destilarias que, com a aprovação da proposta, poderão aderir ao Simples Nacional.

O presidente do Sebrae, Afif Domingos, participou do encontro e observou que após a aprovação deste projeto, o próximo desafio será conscientizar o cidadão de que, ao pagar os impostos, este adquire direitos.

— Pago, logo exijo. Esse deve ser o lema do bom cidadão — afirmou Renan Calheiros.

Da Assessoria de Imprensa da Presidência do Senado

Fonte: Agência Senado (8/12)

Senado aprova benefício para pequenas empresas na substituição tributária

Foto: Moreira Mariz (Agência Senado)
Foto: Moreira Mariz (Agência Senado)

O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (24) projeto que beneficia pequenas empresas no pagamento de substituição tributária. Segundo o PLS 201/2013, do senador Roberto Requião (PMDB-PR), o pagamento de ICMS sobre produtos ou mercadorias sujeitos à substituição tributária passará a ser em uma única alíquota de 3,95%. A medida é válida apenas para as microempresas e empresas de pequeno porte enquadradas no Simples Nacional.

O texto-base do projeto foi aprovado por 57 votos a 1. Durante a votação, diversos líderes e senadores manifestaram apoio à iniciativa.  Quatro emendas de redação, que não alteram o conteúdo da matéria, também foram aprovadas. O projeto segue para a Câmara dos Deputados.

Substituição tributária

A substituição tributária é um regime de arrecadação que obriga a empresa contribuinte a pagar o tributo devido por seus clientes ao longo da cadeia de comercialização – ou seja, pagar o ICMS da venda do produto antes que ela aconteça e mesmo se ela não acontecer. Atualmente, as pequenas empresas devem pagar, no ato da compra de produtos de seus fornecedores, a alíquota cheia do ICMS da compra mais a alíquota reduzida da venda presumida, que está estabelecida em um máximo de 3,9%.

Com o projeto, a alíquota cheia deixa de fazer parte da equação, e o ICMS devido passa ser apenas o da venda presumida, que é a alíquota reduzida. O limite máximo desse valor passa de 3,9% para 3,95%.

Requião acredita que a desoneração não prejudicará a arrecadação, pelo contrário. Ele defende que conceder benefícios fiscais às pequenas empresas é uma forma de aquecer a economia.

— O pequeno empresário capitalizado gasta no mercado formal. Ele compra uma geladeira, um automóvel, conserta sua casa, vai a uma loja de materiais de construção e tudo isso é tributado — observou.

O autor da proposta também entende que o expediente da substituição tributária é nocivo às pequenas empresas, e a nova medida é uma forma de aliviá-lo.

— Como o pequeno empresário não pode compensar, ele fica com o custo muito mais alto que as grandes empresas. As pequenas empresas estão quebrando e desempregando no momento em que isso é crucial para a população — criticou Requião.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) manifestou apoio ao projeto e disse crer que ele é um passo importante para a simplificação do sistema tributário nacional.

— Essa medida faz justiça às micro e pequenas empresas. Com a substituição tributária, termina-se onerando quem depois não tem como compensar. É preciso fazer cadeia neutra que não onere nem tire a competitividade. Queremos desonerar de impostos o país e esse projeto tem esse condão — comemorou.

Restituição

A proposta, institui também uma nova hipótese de restituição do ICMS. Hoje, a  Lei Kandir já assegura a esses contribuintes o direito à restituição de valor quando o fato gerador presumido (a venda) não se realizar. O projeto prevê a compensação também quando a venda se realizar com base de cálculo inferior à estimada pela Secretaria da Fazenda.

Segundo a relatora, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), a Lei Complementar 147/2014 atendeu diversas reivindicações desse segmento empresarial quanto à substituição tributária, mas “não estabeleceu limites à imposição severa de tributos aos micro e pequenos empresários”. Lacuna preenchida agora pela aprovação do projeto do senador Roberto Requião.

Fonte: Agência Senado (24/03)

Ajuste fiscal chega ao Simples Nacional

Simples NacionalA necessidade de ajuste fiscal fará com que o governo altere o projeto de lei que amplia a cobertura do Simples Nacional com o objetivo de evitar perda de arrecadação. Segundo o ministro da Micro e Pequena Empresa (MMPE), Guilherme Afif Domingos, existirá uma sintonia fina no processo para que melhorem as condições para os empresários, sem impacto orçamentário. “A Receita (Federal) tem enorme preocupação de evitar impacto de desonerações”, disse.

O governo estuda apresentar um substitutivo ao projeto que tramita na Câmara dos Deputados até 19 de março. Proporá um aumento mais modesto no teto de receita anual para indústrias que queiram aderir ao programa. Os atuais R$ 3,6 milhões passariam para R$ 7,2 milhões e não R$ 14,4 milhões do texto atual. O ministro da MMPE admite que as desonerações estão prejudicadas pela necessidade de ajuste fiscal, mas ressalta que sem ele, não haverá retomada do crescimento.

Afif não detalhou outras mudanças em estudo, nem estimou a perda de receita potencial com o projeto em tramitação. O ministro acredita que a aprovação do projeto não está ameaçada pelos desentendimento do governo com a base aliada. Segundo ele, a Frente de Micro e Pequena Empresa deve ter mais de 300 congressistas. “Hoje o Congresso está tocado por dissenso. Se há um consenso, é esse.”

Fonte: Resenha Eletrônica/Correio Brasiliense (12/03)

Acesse a matéria completa. Clique aqui

Com novo regime de tributação, Supersimples deve atingir 450 mil novas empresas

Simples NacionalO ano de 2015 começou com uma novidade para, pelo menos, 450 mil micro e pequenas empresas brasileiras que poderão passar a ser incluídas no Supersimples, a partir das alterações promovidas no seu regime de tributação. São, em sua maioria, atividades da área de serviços que, já em 2015, podem ser beneficiadas com redução de até 40% da carga tributária. Além disso, também usufruirão dos benefícios decorrentes da desburocratização resultante da unificação de oito impostos – municipais, estaduais e federais – em um único boleto.

Em entrevistas à imprensa, o Ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, disse acreditar que “o regime vai mudar a vida de muitos brasileiros e os micro e pequenos empresários vão ter mais tempo para produzir e vender”.

Desde 1º de novembro de 2014, as empresas já começaram a fazer a opção pelo novo regime. Para aderir ao Supersimples, é necessário estar dentro do teto de faturamento, cujo valor varia de Estado para Estado e está relacionado com a participação no PIB brasileiro. O limite vai de R$ 1,26 milhão no Amapá, por exemplo, a R$ 3,6 milhões em São Paulo.

Para o Presidente Executivo do ETCO, Evandro Guimarães, o novo regime poderá contribuir para a ampliação da formalização de pequenos negócios no País. “Além de fugir de altas cargas tributárias, muitas vezes os micro e pequenos acabavam optando pela informalidade em função das dificuldades para lidar com a burocracia tributária, e, também, com os complicados processos para abertura de empresa.”

Segundo especialistas, as novas regras do Supersimples, que sofreu 81 mudanças em relação ao projeto anterior, promoverão também uma relevante redução no tempo para abrir ou fechar uma empresa, em função da desburocratização atrelada a estes processos.

Empresas podem mudar para o Simples Nacional até 30/01

simples nacionalAs micro e pequenas empresas que desejam alterar seu regime atual de tributação e aderir ao Simples Nacional têm até o dia 30 de janeiro para fazer a opção. Caso contrário, só poderão migrar para o modelo simplificado de tributação no início de 2016. O alerta foi feito em seminário do Grupo Sage, realizado na última quinta-feira (15) no Rio de Janeiro.

“As empresas que se enquadram no Simples Nacional não devem deixar a opção pelo sistema para última hora. Especialmente se houver pendências com o Fisco”, afirma Valdir de Oliveira Amorim, consultor tributário da IOB Sage.  As novas empresas, abertas em 2015, têm 30 dias após a última inscrição (municipal ou estadual) para solicitar a inclusão no Simples.

 

Fonte: SEGS.COM.BR (20/01)

Para acessar a matéria completa, clique aqui

http://www.segs.com.br/seguros/26279-empresas-podem-mudar-para-o-simples-nacional-ate-o-fim-de-janeiro.html