Trabalho informal predomina no mundo

Existe uma grande quantidade de trabalhadores atuando em contratos na economia mundial. Um levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado neste ano mostra que 60,7% dos profissionais trabalham sem nenhum tipo de vinculo. Os dados apurados pela pesquisa também mostram que apenas 26,4% dos trabalhadores estão empregados com contratos permanentes e 13% têm seu contrato com base num vínculo temporário.

 

Fonte: Site Estadão (07/08)

 

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OIT afirma que a América continua sendo a região mais desigual do planeta

O continente americano continua sendo a região mais desigual do planeta e seu grande desafio é reduzir o mercado de trabalho informal, disse nesta segunda-feira (13) o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder.

“A média da taxa de informalidade nas Américas é de quase 47%. Diminuiu, mas continua sendo elevada”, afirmou Ryder durante uma entrevista coletiva realizada antes do início da 18ª Reunião Regional Americana da OIT, que começa nesta segunda-feira (13) em Lima.

O representante da OIT acrescentou que “o desafio da formalização do trabalho na região tem que ser uma prioridade” já que, segundo disse, “com estas taxas de informalidade não é uma surpresa que as Américas sejam ainda a região mais desigual do planeta”.

Ryder destacou, no entanto, que foram registrados avanços em matéria de emprego, já que a taxa de desemprego urbano regional está em 6,2%, abaixo dos 6,6% do ano passado.

Cerca de 400 representantes e delegados de 70 países participaram da reunião da OIT em Lima. Durante o encontro, aberto pelo presidente do Peru, Ollanta Humala, foram avaliados os avanços e as mudanças na situação do trabalho na América, desde a última reunião regional, realizada em 2010, em Santiago, no Chile.
Fonte: UOL  13/10/2014

 

 

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Sem maquiagem: o trabalho de um milhão de revendedoras de cosméticos

Em seu primeiro livro, a socióloga Ludmila Costhek Abílio, professora da PUC-Campinas, investiga o trabalho de revendedoras de cosméticos da indústria de beleza brasileira. O ponto de partida desse estudo inovador é um exército de aproximadamente 1 milhão de revendedoras (equivalente à população da cidade de Campinas-SP), responsável pelo sucesso comercial de uma das mais importantes e reconhecidas empresas de cosméticos do país, a Natura. Ancorada em um rico estudo de campo, a pesquisadora propõe uma abordagem original sobre o trabalho informal feminino dentro de um segmento denominado Sistema de Vendas Diretas.

Além de analisar aspectos da produção e distribuição da empresa e da economia informal, a autora traça o perfil socioeconômico das revendedoras, suas motivações e como se dá o relacionamento com o trabalho e a empresa. Para isso, entrevistou desde faxineiras a mulheres de altos executivos, passando por professoras, donas de casa e até uma delegada da Polícia Federal, que vende os cosméticos no prédio da própria corporação.

Ao finalizar a pesquisa, Ludmila constatou certa ambiguidade na relação dessas mulheres com a empresa, uma vez que começam a vender seus produtos com o intuito de consumi-los. Também percebeu que nessa dinâmica de trabalho o empregador transfere os riscos para as revendedoras, como a inadimplência de clientes, não lhes dando garantia de rendimento, ao mesmo tempo que as encoraja a investir em estoques que podem nunca ser vendidos.

Dentro do contexto que faz com que as revendedoras se tornem propaganda viva dos produtos, seu capital social pessoal se transforma em um meio para alavancar os lucros da companhia; um dos pontos centrais da discussão levantada pela socióloga diz respeito às indistinções entre tempo de trabalho e de não trabalho, às formas atuais de envolvimento subjetivo do trabalhador. Esse embaralhamento das fronteiras entre produção e consumo, inseparável das influências sociais e culturais, é um fenômeno novo, assim como a perda da centralidade do trabalho.

Fonte: Portal Carta Maior

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