Economista entrega proposta de reforma tributária a Mantega

Por ETCO
30/05/2012

Fonte: Yahoo Brasil – 24/05/2012

BRASÍLIA. O economista Paulo Rabello de Castro, que coordena o Movimento Brasil Eficiente, apresentou nesta quinta-feira proposta de reforma tributária ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e ao vice-presidente Michel Temer. Batizado de “Agenda para o Avanço Acelerado do Brasil”, o texto contém diretrizes até 2022 e foi formulado pela entidade Grupo de Líderes Empresariais (Lide).

Segundo Paulo Rabello, que estava acompanhado do empresário e presidente do Lide, João Doria Júnior, a carga tributária brasileira corresponderá este ano a 37% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de riquezas produzidas num ano). E, pela proposta, poderia cair para 30% até 2022, com aumento de arrecadação.

Esse é o pulo do gato, conforme o economista: ao simplificar a cobrança de tributos – inclusive com a unificação do ICMS -, cortar juros, melhorar a gestão e aumentar a competitividade, ele aposta que governo promoveria o crescimento econômico e, assim, compensaria a diminuição de impostos.

– O foco principal da Agenda Brasil é dar mais força ainda para o plano de investimentos que já está em curso e que pode ser bastante acentuado, se houver uma repactuação dos termos da dívida dos estados – disse Paulo Rabello, após o encontro com Mantega e Temer no início da tarde, na Vice-Presidência, em prédio anexo ao Palácio do Planalto.

– (Isso) ajudará governadores e prefeitos a implementarem mais investimentos úteis para a população lá no interior do país. Centenas, milhares de municípios sendo beneficiados por uma liberação de recursos que hoje vão, de modo estéril, para pagamento de juros.

João Doria disse que o Lide e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) convidaram Mantega para debater o tema no início de julho, em São Paulo. Segundo João Doria, Mantega topou.

Paulo Rabello afirmou que Mantega foi receptivo à proposta e elogiou as medidas adotadas pelo governo para enfrentar a crise internacional:

– Estamos apoiando o ministro Guido Mantega para trazer os juros para patamar de normalidade. Os juros no Brasil são juros de agiota – afirmou o economista.