Economia informal atinge R$ 578 bi

Por ETCO

Fonte: Folha de Pernambuco (PE) – 22/07/2010


 


SÃO PAULO (Folhapress) – O crescimento da economia brasileira nos últimos anos contribuiu para que o País reduzisse o nível da produção de bens e serviços na informalidade. Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) encomendado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco) mostrou que a movimentação das riquezas não reportadas ao Governo caiu de 21% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2003, para 18,4%, em 2009.Isso significa que a economia subterrânea movimentou R$ 578 bilhões no último ano. A cifra representa valor próximo à soma de todas as riquezas geradas pela Argentina em 2009.O termo subterrâneo inclui, além de trabalhadores informais, a movimentação gerada com atividades ilícitas, como tráfico de drogas e contrabando. Em 2003, a economia subterrânea movimentou R$ 357 bilhões. Em valores de 2009, isso representaria R$ 523 bilhões. Segundo os pesquisadores, o valor absoluto registrado no último ano é maior porque a base do PIB quase dobrou no período.O pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Fernando de Holanda Barbosa Filho, responsável pelo estudo, evita emitir opinião sobre a dimensão do número, mas reforça que ele serve de base de comparação com outros países. Segundo ele, a informalidade representa uma média de 10% em países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os países emergentes apresentam uma média de 30% do PIB. De acordo com Barbosa, o aumento na oferta de crédito foi um dos maiores contribuidores para a redução.

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Por ETCO

Autor: Gabriel Baldocchi

Fonte: Folha de S. Paulo – 22/07/2010

Produção e serviços que não pagam impostos são 10% do PIB em países ricos e 30% nas economias emergentes

Rodrigo Capote/Folhapress



Comercialização de DVDs piratas na região central de SP

O crescimento da economia brasileira nos últimos anos contribuiu para que o país reduzisse o nível da produção de bens e serviços que atua na informalidade.
Um estudo da FGV (Fundação Getulio Vargas) encomendado pelo Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial) mostrou que a movimentação das riquezas não reportadas ao governo caiu de 21% do PIB (Produto Interno Bruto), em 2003, para 18,4% em 2009.



Isso significa que a economia subterrânea movimentou R$ 578 bilhões no último ano. A cifra representa valor próximo à soma de todas as riquezas geradas pela Argentina em 2009.



O termo subterrâneo inclui, além de trabalhadores informais, a movimentação gerada com atividades ilícitas, como tráfico de drogas e contrabando.


Em 2003, a economia subterrânea movimentou R$ 357 bilhões. Em valores de 2009, isso representaria R$ 523 bilhões. Segundo os pesquisadores, o valor absoluto registrado no último ano é maior porque a base do PIB quase dobrou no período.
O pesquisador do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV Fernando de Holanda Barbosa Filho, responsável pelo estudo, evita emitir opinião sobre a dimensão do número, mas reforça que ele serve de base de comparação com outros países.
Segundo ele, a informalidade representa uma média de 10% em países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Os países emergentes apresentam uma média de 30% do PIB.



De acordo com Barbosa, o aumento na oferta de crédito foi um dos maiores contribuidores para a redução. Empresas e trabalhadores preferem arcar com os custos da formalização para ter acesso aos financiamentos a receber mais como informais.



O crescimento de empresas pequenas e o aumento das companhias exportadoras exigiram maior formalização. Pesaram também o uso de notas eletrônicas e a modernização dos sistemas de cobrança de impostos.



O pesquisador acredita que o percentual de participação da informalidade no PIB siga as previsões de crescimento para 2010 e mantenha a tendência de queda, podendo ir para 18% do PIB.



“Uma grande saída seria reduzir a carga tributária e a burocracia”, sugere Barbosa.
O cálculo para as movimentações informais é feito com base na demanda de moeda e no número de trabalhadores informais, da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílio).



O resultado de 2009 foi feito com os dados da Pnad do ano anterior, já que a nova pesquisa sai só em setembro.