Economia informal movimentou R$ 578 bilhões

Por ETCO

Fonte: 1ª Linha – O jornal dos Negócios – Foz do Iguaçu/PR – 05/08/2010

Trabalhadores ficam à margem da economia formal
Pela primeira vez o Brasil conhece o tamanho de sua produção de bens e serviços

A economia informal brasileira movimentou R$ 578 bilhões em 2009, mais do que o PIB da Argentina, informaram o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO).

Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador do Ibre/FGV e responsável pelo estudo, diz que obtenção desta estimativa é um excepcional avanço e responde a uma das principais questões, ou seja, medir o quanto se produz na economia subterrânea brasileira e comparar isso com outros indicadores, obtendo-se uma ordem de grandeza concreta.

“Estamos falando de quase R$ 600 bilhões, que ficam à margem da economia formal brasileira. Para dar uma idéia da gravidade desse problema, basta lembrar que a economia subterrânea do Brasil supera toda a economia da Argentina”, ressalta André Franco Montoro Filho, diretor executivo do ETCO.

A informalidade, além de suas relações com o crime organizado e de precarizar as condições de trabalho, traz prejuízos diretos para a sociedade, cria um ambiente de transgressão, estimula o comportamento oportunista com queda na qualidade do investimento e redução do potencial de crescimento da economia brasileira. Além disso, acrescenta a FGV, provoca a redução de recursos governamentais destinados a programas de educação, saúde e infraestrutura.