Interpol elogia o trabalho brasileiro no combate à pirataria

Por ETCO

Fonte: DCI, 22/04/2009

SÃO PAULO – O responsável pela Unidade de Crimes contra a Propriedade Intelectual da Interpol, John Newton, elogiou o trabalho que o governo brasileiro desenvolve contra a pirataria. Segundo ele, o país está se consolidando como liderança neste segmento e a Interpol deseja continuar mantendo um diálogo com o governo para ampliar ainda mais o combate aos crimes dessa modalidade.

O elogio veio depois da apreensão de mercadorias contrabandeadas e piratas no valor total de US$ 131 milhões que foram apreendidas em uma série de operações em toda a América do Sul, coordenados pela Interpol e pela Organização Mundial das Alfândegas (OMA). Desse total, o Brasil foi responsável por cerca de US$ 63 milhões, ou seja, aproximadamente 47% das apreensões.

O Brasil também foi destaque no número de suspeitos presos durante a operação: 161 do total de 311.

A operação que ganhou o nome de Júpiter, reuniu policiais e agentes aduaneiros da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai, realizando 299 operações coordenadas que recuperaram uma gama de produtos perigosos, que inclusive podem causar risco de vida como medicamentos e alimentos falsos, além de produtos elétricos e agroquímicos.

Mais de 34 quilos de cocaína e derivados e cerca de 1.500 quilos de maconha também foram apreendidos durante os três meses de operação realizada entre julho e setembro de 2008. Mas que tiveram só agora seus resultados divulgados.

“O sucesso da operação demonstra claramente que a coordenação dos esforços da cooperação policial e aduaneira em termos de um melhor intercâmbio de informações e intervenções combinadas de aplicação da lei, principalmente por parte do Brasil”, disse Newton ao DCI.

A Interpol e a OMA trabalharam em conjunto com os países participantes para identificar os grupos criminosos internacionais organizados que trabalham com a pirataria e, em geral, também estão envolvidos no tráfico. “Essas operações foram bem-sucedidas por causa do apoio ativo das forças policiais em cada um dos sete países e uma disposição para dedicar recursos significativos para as investigações”, afirmou Newton.

Desde a primeira fase da Operação Júpiter, ocorrida em 2005 – que envolveu apenas três países: Argentina, Brasil e Paraguai – as operações em toda a região, até agora, resultaram em quase 700 detenções e as apreensões de mercadorias com um valor estimado US$ 290 milhões.