Mato Grosso do Sul é uma das principais rotas de contrabando do país

Por ETCO

Fonte: Primeira Hora – Rondonópolis/MT – DIA À DIA – 01/04/2010

Só este ano, já foram apreendidos R$ 11milhões em mercadorias. Do Paraguai vem produtos diversos, de cigarros a eletroeletrônicos. Da Bolívia, o maior volume é de roupas contrabandeadas

Além de remédios, vários produtos ilegais são comercializados Brasil afora. a mercadoria que vem dos países vizinhos chega pelo Centro-Oeste.

Mato Grosso do Sul é uma das principais rotas do contrabando. Diversas mercadorias trazidas dos países vizinhos entram no Brasil ilegalmente. Só este ano, já foram apreendidos R$ 11milhões. Produtos que muitas vezes são aproveitados para doação ou vendidos em leilões.



Duas carretas lotadas de impressoras, outras duas carregadas de cigarros. Já são tantas apreensões que falta espaço no depósito da Receita Federal em Campo Grande. Jogos eletrônicos, varas de pescar, maquiagem.

Com o aperto na fiscalização em cidade do leste, a rota do contrabando veio para a fronteira norte e passa por Mato Grosso do Sul. Do Paraguai vem produtos diversos, de cigarros a eletroeletrônicos. Da Bolívia, o maior volume é de roupas contrabandeadas.

Em dois ônibus de sacoleiros, a fiscalização encontrou milhares de peças de roupas e pares de sapatos. A apreensão foi em Corumbá, fronteira com a Bolívia.
“Setenta por cento do que está sendo levado de forma irregular. E a mercadoria sai à noite, em um horário para driblar a fiscalização”, diz o sargento do Departamento de Operações de Fronteira do Mato Grosso do Sul, Luiz Padilha.

No ano passado, os produtos apreendidos em Mato Grosso do Sul foram avaliados em R$ 61 milhões. Nos dois primeiros meses desse ano já são 11 milhões em produtos. Durante a gravação da reportagem, vimos a Polícia Rodoviária Federal está descarregar mais produtos apreendidos na BR 163.

O destino do contrabando são mercados informais no Centro Oeste, Sul e Sudeste do Brasil. O volume de apreensões no primeiro bimestre deste ano já é três vezes maior que ano passado. A baixa cotação do dólar é um dos fatores que contribuíram para o aumento do contrabando e descaminho.

Dados da Interpol estimam que o mercado pirata no mundo movimenta mais de US$ 550 bilhões. Aqui no Brasil, R$ 30 bilhões.