Ministro critica burocracia do governo e rejeita novos cortes de IPI

Por ETCO

Fonte: ESHoje – Vitória/ES – ECONOMIA – 30/11/2009

O ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) criticou nesta segunda-feira (30) a estrutura burocrática que vigora hoje no país e rejeitou novas desonerações ou prorrogações das já existentes para o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Segundo ele, a estrutura burocrática, que já tem 30 ou 40 anos, cria “dificuldades” para “vender facilidades”.

“É impossível um país que gere emprego e renda se você está sujeito não às leis, mas a resoluções, circulares, interpretações de 2º, 3º, 4º escalões da burocracia, que muitas vezes criam dificuldades para, como todos nós sabemos, vender facilidades”, disse o ministro na saída do 8ª Construbusiness – Congresso Brasileiro da Construção, organizado pela Deconcic (Departamento da Indústria da Construção) da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Ele não poupou o governo, afirmando que as iniciativas do Estado para vencer a burocracia poderiam ser adotadas com mais agilidade do que está sendo. “Imagino que em 2010 a gente já deva ter essas recomendações (contra a burocracia). Deveríamos como governo agir muito mais rapidamente do que demos agido até agora”, disse.

A preocupação está no curto tempo que o país tem para se organizar a fim de sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

IPI


Sobre o IPI, Miguel Jorge disse que o governo não pretende mais prorrogar a desoneração para mais nenhum setor, bem como não tem planos de estender o benefícios para outras cadeias produtivas, como feito recentemente para a indústria moveleira.