Corrupção e imagem internacional

Por ETCO
17/01/2013

Neste artigo, Roberto Abdenur comenta os resultados do ranking mundial de percepção de corrupção 2012 divulgado no início do mês pela Transparência Internacional.

Como já afirmamos em outras ocasiões, o Brasil tem feito esforços para reduzir a corrupção, tanto no setor público quanto no privado. Parece que os esforços estão sendo percebidos pela população. A organização não governamental Transparência Internacional acaba de divulgar mais um índice mundial de percepção da corrupção. No ranking deste ano, o Brasil ficou na 69ª colocação. Em 2011, estava em 73º lugar.

O Brasil está em uma colocação mediana, entre os 176 países analisados. Os três primeiros, onde a percepção de corrupção no setor público é menor, são Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia. Os três últimos, com a percepção de maior corrupção, são Afeganistão, Coreia do Norte e Somália.

Mas o País se destaca de seus pares. Embora fique bem atrás do Chile e do Uruguai (ambos no 20º lugar), no continente está à frente do Peru (83º) e da Argentina (102º). Em relação aos Brics, ficou empatado com a África do Sul, mas à frente da China (80º lugar), Índia (94º) e Rússia (133º).

Devemos comemorar. Embora tenha havido uma mudança na fórmula da elaboração do ranking, o fato é que nós, brasileiros, estamos mais conscientes de que a cadeia da corrupção envolve dois lados. O julgamento em curso pelo STF mostra que o poder público e a iniciativa privada costumam estar juntos na corrupção. Cabe, assim, a todos nós, cidadãos, o papel de zelar pela ética nos negócios. Sempre.