Fantástico investiga a rota do contrabando de cigarros no Brasil. Assista

Por ETCO
03/10/2018

No Brasil, cigarros clandestinos representam 48% do mercado

No Rio, onde o número chega a 44%, eles movimentaram R$ 1 bilhão em 2017. Renda que chamou a atenção de milícias que atuam em comunidades.

 

Qualquer banquinha na rua tem para vender, até o ambulante do milho completa a renda do dia com cigarro. O maço, oferecido no Centro do Rio de Janeiro, vem de outro país e é bem mais barato do que os concorrentes fabricados no Brasil. O pacote de dez maços sai ainda na promoção: R$ 25. É tudo cigarro paraguaio e chega aqui clandestinamente.

Da fronteira, o produto ilegal percorre rodovias importantes até chegar ao comércio. A embalagem da marca Gift informa que o produto não pode ser comercializado fora do Paraguai. Mesmo assim, já é o campeão de vendas no estado do RJ.

No país, quatro das dez marcas mais vendidas são clandestinas. Os cigarros paraguaios são mais baratos porque os impostos no país vizinho são menores do que aqui. A margem de lucro é grande. Quando sai da fábrica, cada maço custa cerca de 20 centavos e chega ao consumidor final ao preço de R$ 2,50 a R$ 3.

No Brasil, os cigarros clandestinos já representam 48% do mercado. Só no Rio, onde esse número chega a 44%, eles movimentaram R$ 1 bilhão, em 2017, uma fonte de renda que chamou a atenção das milícias que atuam em comunidades. Veja na reportagem do FANTÁSTICO.