Datafolha mostra o que o brasileiro pensa sobre o contrabando
Pesquisa foi encomendada pelo ETCO e teve apoio do Movimento em Defesa do Mercado Legal Brasileiro

O brasileiro sabe que o contrabando provoca enormes prejuízos à nação, atrai consumidores porque não paga os altos impostos do país, comercializa produtos de baixa qualidade, estimula o crime organizado e se beneficia da ineficiência com a qual é combatido pelo governo. Essas foram as principais conclusões de uma pesquisa inédita do Datafolha, encomendada pelo ETCO-Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial com apoio do Movimento em Defesa do Mercado Legal Brasileiro, divulgada no dia 25 de maio.
“A pesquisa revelou que os brasileiros entendem a gravidade do problema”, afirmou Evandro Guimarães, presidente do ETCO. “Também mostrou que a população apoia um combate mais rigoroso ao contrabando.”
O estudo teve ampla repercussão na mídia. No dia em que foi divulgado, por exemplo, foi assunto de reportagem e comentário do programa Bom Dia Brasil, da TV Globo, e de entrevista na rádio CBN de São Paulo.
O Datafolha ouviu 2.401 pessoas acima de 16 anos entre 22 e 24 de abril, em todo o país. O estudo tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou menos. Confira os principais números.
O QUE PENSA O BRASILEIRO
Causa
92% Se o produto legal fosse mais barato, o brasileiro não compraria o contrabandeado.
89% O produto de contrabando custa menos porque não paga impostos.
Efeito
77% O contrabando prejudica o país e a população
80% Traz prejuízo ao comércio e à indústria nacional.
77% Produtos contrabandeados são feitos de materiais de pior qualidade.
Crime
86% O contrabando incentiva o crime organizado e o tráfico de drogas.
83% É crime vender contrabando.
74% É crime comprar contrabando.
Responsabilidade
48% O governo federal é o principal responsável pela entrada do contrabando no país.
90% O governo é pouco ou nada eficiente no combate ao contrabando.
Solução
61% A solução é reforçar o policiamento nas fronteiras e as penas aos contrabandistas.
Ouça a entrevista dada à Radio CBN/SP (25/05/2015)