Hackers de jaleco branco

A integração de tecnologias atrai a atenção para segmentos que até recentemente passariam despercebidos. É o caso da digitalização de registros de saúde em sistemas eletrônicos, compartilhados pela rede.

Amplificados pela coleta de dados pessoais prometida pelos novos relógios e sensores, eles devem acelerar e aumentar a precisão de diagnósticos, fatores essenciais em uma área em que prazos costumam ser urgentes e há pouca margem para erro.

Entretanto essa digitalização também pode significar um pesadelo de segurança para o segmento médico. Suas bases de dados raramente estão devidamente protegidas, o que cria oportunidades para grupos especializados em crime eletrônico.

O que há de tão interessante em um prontuário médico? Para começar, dados genéricos. Nomes, endereços, planos, apólices e informações de cobrança podem ser usados para criar identidades falsas e realizar outros tipos de fraude.

Os registros médicos também podem ser usados para forjar receitas, atendimentos, internações, reembolsos, ações judiciais fraudulentas e até comprar equipamentos ou remédios para revender no mercado negro. Ao contrário da fraude bancária, o furto da identidade médica, não é imediatamente identificado pelo paciente nem pelo prestador de serviços, o que dá aos criminosos bastante tempo para lucrar a partir deles.

Para piorar, a invasão é fácil. Muitas dessas redes usam, em seus sistemas administrativos, máquinas antigas, algumas com mais de dez anos de idade e pouquíssimas atualizações, além de um enorme descaso com criptografia e backups.

Entre prestadores de serviços é comum subestimar a dimensão do problema. É compreensível, embora não deva ser aceitável. Em um ambiente de pouco conhecimento tecnológico, grandes investimentos e orçamentos apertados, a decisão entre se investir em um novo aparelho de tomografia ou hemodiálise sempre parecerá muito mais urgente e apresentará resultados mais imediatos e palpáveis do que o investimento na estruturação ou modernização do firewall administrativo.

Com uma ousadia digna de Hollywood, grupos ligados ao crime organizado realizam ataques diários a grandes hospitais e prestadores de serviços de saúde nos Estados Unidos, Europa e Japão. Hackers também inserem pen drives com código malicioso em computadores, furtam fitas de backup, laptops e discos rígidos e clonam bases de dados.

Em um caso recente, alguns hospitais da Califórnia terceirizaram o serviço de transcrição de suas fichas para empresas na Índia e Paquistão, sendo depois chantageados por seus próprios fornecedores.

Enquanto o vazamento das fotos de celebridades ganha o mundo e levanta questões quanto à qualidade ou confiabilidade dos serviços da nuvem, ela é, sem dúvida, a melhor saída. Consultórios médicos e hospitais podem proteger adequadamente os dados de seus paciente através de serviços de armazenamento anônimo e privado, similar ao processo usado em serviços financeiros.

O roubo é só um dos problemas. Outra grande preocupação está na pirataria e falsificação de equipamentos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, ela chega a 8% dos dispositivos médicos em todo o mundo. Por enquanto ainda se restringem a produtos simples, como preservativos, lentes de contato e instrumentos cirúrgicos. Mas logo a pirataria chegará à eletrônica. Não é nada confortável pensar em um problema de software provocando uma falha em um sistema de sobrevivência, bem no meio de uma cirurgia.

É preciso estar atento a esse tipo de fraude. Na melhor das hipóteses, o paciente prejudicado terá que lidar com a burocracia dos planos de saúde para provar que é inocente, e mesmo assim poderá ter, em seus registros, informações que comprometam futuros empregos ou financiamentos.

Em última instância todos pagaremos, ao recebermos o repasse da conta da segurança no aumento dos preços dos planos de saúde e na precariedade dos serviços públicos.

Luli Radfahrer

Fonte: Folha de S.Paulo

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Polícia Rodoviária Federal intensifica trabalho nas fronteiras de norte a sul do país

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em parceria com a Receita Federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, desencadeou, durante todo o mês de setembro, inúmeras ações nas fronteiras brasileiras.

Além da presença permanente que já existia nos limites do sul do país, foram reforçadas as fiscalizações nas fronteiras do norte e do oeste do Brasil. Com essas novas barreiras intensificadas, as ações da Operação Sentinela, um projeto estratégico do Governo Federal para combater crimes transnacionais, ganha um novo cinturão de segurança que já vem dando resultado.

Do Amapá ao Rio Grande do Sul, o efetivo das unidades operacionais da PRF, localizadas em pontos próximos às fronteiras, recebeu reforço de agentes de outros estados e de grupos especializados no combate ao crime.
Tráfico de drogas, medicamentos e armas, entrada ilegal de estrangeiros, evasão de divisas, contrabando e descaminho, roubo e furto de veículos, crimes ambientais foram alguns dos ilícitos combatidos durante as ações. O resultado impressiona: foram apreendidos aproximadamente 13 milhões de reais em mercadorias contrabandeadas – entre as quais 57236 unidades de medicamentos; 500 litros de combustíveis; 4529 litros de bebidas e 11427 unidades de eletrônicos. Além disso, também foram apreendidos 60 animais silvestres; mil metros cúbicos de madeira; 161
armas de fogo entre outros materiais.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal

Donos de farmácia são condenados por fraude em programa federal

A Justiça condenou os donos de uma farmácia de Marília (SP) por fraudar programa federal que subsidia remédios vendidos à população por preços mais baixos. Os prejuízos aos cofres públicos chegam a R$ 38,4 mil.

Uma vistoria realizada pelo Sistema Nacional de Auditoria do SUS para verificar a execução do programa nos últimos meses de 2009 constatou que as vendas estavam sendo feitas em desacordo com as regras. Entre as irregularidades estão falsificação de assinaturas e comercialização de remédios sem receita médica.

Os donos da farmácia foram condenados a dois anos de prisão, mas a pena foi convertida em prestação de serviço à comunidade, além de multa de dez salários mínimos, no valor vigente na época dos fatos. Eles também terão que devolver ao governo federal o dinheiro recebido indevidamente.

Como funciona

O programa federal estabelece a venda de medicamentos mais baratos à população em farmácias privadas. Os consumidores pagam apenas uma parcela do preço e o restante é quitado pelo governo em repasses aos estabelecimentos conveniados, de acordo com os preços que constam de uma tabela única.

Para receber as quantias, os comerciantes devem seguir uma série de requisitos, entre eles o recolhimento de assinatura e dados pessoais dos clientes nos cupons fiscais e a manutenção de informações corretas sobre a drogaria no cadastro do Ministério da Saúde.

Fonte: G1

 

 

ETCO participará de seminário sobre combate à pirataria na saúde

Evento, que acontece dia 9 de setembro, na Amcham, discutirá os impactos da pirataria na saúde da população

No dia 9 de setembro, o Presidente Executivo do ETCO, Roberto Abdenur, será mediador no Seminário de Combate à Pirataria em Saúde, realizado pela Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham).

No evento, será discutida a realidade da pirataria na área e os impactos dessa prática para a saúde da população, a economia do País e a competitividade das empresas.

O seminário faz parte das atividades do Subgrupo de Combate à Pirataria em Saúde da Amcham e contará ainda com a presença do presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares, Carlos Goulart; do gerente global de operações contra falsificação de medicamentos da Lilly, Grant Lindman; e do chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Secretaria da Receita Federal, Alan Towersey; além do senador Humberto Costa (PT/PE).

Data: 9 de setembro – das 8h30 às 12h
Local: Câmara Americana de Comércio (Amcham)
Endereço: Rua da Paz, 1.431, São Paulo (SP)
Mais informações: hector.modesto@amchambrasil.com.br