Correio Braziliense realiza seminário sobre mercado ilegal. Participe! As vagas são limitadas.

O evento ‘Correio Debate 10 medidas contra o mercado ilegal: os 3 Poderes unidos contra o Crime Organizado ‘ reunirá especialistas e autoridades para dialogar sobre medidas para acabar com a criminalidade, aumentar a segurança e conter o mercado ilegal, uma das maiores ameaças à sociedade brasileira atualmente. O evento é uma realização do Correio Braziliense e tem o patrocínio do ETCO.

  • Data………: 04/09/2018
  • Horário….: 08h às 14h.
  • Local………: Auditório da sede do Correio Braziliense – SIG QUADRA 02, 340 – Brasília – DF

Participe desse debate inscrevendo-se gratuitamente aqui. As vagas são limitadas.

A violência urbana e as urnas, artigo do presidente do ETCO publicado no Jornal do Commercio

Jornal do Commercio – PE, 04/08/2018

A questão da violência é hoje tema central do debate público no Brasil e deverá estar presente de forma decisiva na campanha eleitoral deste ano. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem a nona maior taxa de homicídios do mundo com 30,5 casos para cada 100 mil pessoas – e das 50 cidades mais violentas do mundo, 25 estão no Pais.

Em 2014, foi instituído o Movimento em Defesa do Mercado Legal Brasileiro, coordenado pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP) e pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO).

Essa iniciativa foi apoiada por mais de 70 entidades no Brasil, que são diretamente prejudicadas com o me, ado ilegal (contrabando, contrafação, pirataria. fraudes, sonegação e roubo de carga). Os números impressionam. 0 relatório da Receita Federal Brasileira apresentou um relatório das apreensões de mercadorias realizadas em 2017 que somaram cerca de R$ 1,7 bilhões. O cigarro lidera o ranking da ilegalidade, correspondendo a 47% das mercadorias apreendidas.

Somente no primeiro trimestre deste ano no Recife, o mercado ilegal cresceu 18 p.p (pontos percentuais) e atingiu um crescimento de  106%  (de R$ 99 milhões para R$ 204 milhões) na evasão fiscal nos últimos três anos.

Esses recursos servem para financiar justamente as organizações criminosas. O tráfico de drogas se entrelaça com o contrabando, pirataria, falsificação, tráfico de armas e munição, e alimentam a corrupção, gerando lucros e poder.

O poder público não pode continuar a agir como se fosse algo isolado. Iniciativas sistêmicas desde as fronteiras até as cidades, programar a ocupação das áreas dominadas com ações sociais e educacionais, urgente aperfeiçoamento da legislação são algumas pistas que merecem ser avaliadas.

Neste ano é preciso que o tema esteja na agenda de todos os candidatos e que sejam discutidas propostas factíveis para avançar na solução do problema. Essa deve ser a rota para alcançarmos o desenvolvimento econômico e social que tanto desejamos para o nosso País e que, com certeza, o brasileiro merece.

Edson Vismona é presidente do ETCO –  Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial e do FNCP – Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade, foi secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo (2000/2002).

Maioria dos cigarros comercializados no Paraná é contrabandeada

A cadeia produtiva do tabaco no Brasil gera milhares de empregos e renda. O país é o maior exportador do mundo. Em 2016 foram produzidas 538 mil toneladas de tabaco e exportadas 483 mil toneladas.

144 mil famílias produzem tabaco com valor bruto de produção de R$ 5,2 bilhões. Mas este mercado está sob ameaça devido ao crescimento significativo, nos últimos 3 anos, da venda ilegal de cigarros.

Em entrevista à Rádio CBN de Curitiba, o presidente do ETCO fala sobre a principal porta de entrada de cigarros contrabandeados no País, que é o estado do Paraná.

Clique aqui e acesse a matéria completa.

Fantástico investiga a rota do contrabando de cigarros no Brasil. Assista

No Brasil, cigarros clandestinos representam 48% do mercado

No Rio, onde o número chega a 44%, eles movimentaram R$ 1 bilhão em 2017. Renda que chamou a atenção de milícias que atuam em comunidades.

 

Qualquer banquinha na rua tem para vender, até o ambulante do milho completa a renda do dia com cigarro. O maço, oferecido no Centro do Rio de Janeiro, vem de outro país e é bem mais barato do que os concorrentes fabricados no Brasil. O pacote de dez maços sai ainda na promoção: R$ 25. É tudo cigarro paraguaio e chega aqui clandestinamente.

Da fronteira, o produto ilegal percorre rodovias importantes até chegar ao comércio. A embalagem da marca Gift informa que o produto não pode ser comercializado fora do Paraguai. Mesmo assim, já é o campeão de vendas no estado do RJ.

No país, quatro das dez marcas mais vendidas são clandestinas. Os cigarros paraguaios são mais baratos porque os impostos no país vizinho são menores do que aqui. A margem de lucro é grande. Quando sai da fábrica, cada maço custa cerca de 20 centavos e chega ao consumidor final ao preço de R$ 2,50 a R$ 3.

No Brasil, os cigarros clandestinos já representam 48% do mercado. Só no Rio, onde esse número chega a 44%, eles movimentaram R$ 1 bilhão, em 2017, uma fonte de renda que chamou a atenção das milícias que atuam em comunidades. Veja na reportagem do FANTÁSTICO.

A ilegalidade atinge níveis inéditos e provoca estragos na economia brasileira

A revista VEJA trouxe em suas últimas edições, um quadro detalhado sobre os malefícios causados pelo contrabando para o Brasil. Na edição de 15/06, a matéria aponta os efeitos do contrabando em nossa economia, trazendo depoimentos do presidente do ETCO, Edson Vismona, da Souza Cruz, Liel Miranda, e do vice-presidente jurídico da Raízen, Antonio Ferreira Martins.

Veja a íntegra da matéria a seguir:

Comissão de Finanças debate contrabando e falsificação de produtos

Representantes de vários órgãos do governo e da sociedade civil demonstraram como estão combatendo o contrabando e a falsificação de produtos. Em audiência pública da Comissão de Finanças e Tributação, realizada ontem (21/06), eles apresentaram números sobre as perdas para a economia brasileira e as dificuldades nesse trabalho, que vão da extensão da fronteira terrestre do país, de quase 17 mil quilômetros, ao comércio eletrônico, via internet, que envia milhares de mercadorias do exterior pelos Correios.

Andrei Rodrigues, coordenador-geral de Polícia Fazendária da Polícia Federal, lembra que há também uma cultura de aceitação do contrabando e da pirataria como “crimes menos graves”. Isso dificulta ainda mais o enfrentamento do problema, que já faz parte do dia-a-dia da população.

“Não pensem vocês que o produto do contrabando vai apenas pra banquinha do camelô, vai pro vendedor da calçada, mas infelizmente chega, às vezes camuflado por uma nota fiscal inidônea, enfim, mas chega em grandes magazines, em grandes varejos e termina, entre aspas, entrando na legalidade a partir desse comércio”.

Além do contrabando, a falsificação de produtos também é difícil de ser extinta. E não são só mercadorias já famosas pela pirataria, como DVDs, eletroeletrônicos e cigarros. Segundo Claudenir Pereira, presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, falsifica-se até sementes, agrotóxicos, e material odontológico.

“A natureza dos produtos pouco importa para a falsificação, o que importa realmente para a realização do crime é a viabilidade econômica”.

Edson Vismona, presidente do  ETCO  e do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade, afirma que a alta carga tributária de alguns produtos brasileiros estimula o contrabando e a falsificação. Ele dá alguns exemplos:

“Em média o cigarro 80% de imposto, gasolina 56 %, cerveja 55%, refrigerante 46%. Então, por essa expressão da carga tributária, a gente percebe claramente que qualquer ilegalidade cometida nesses setores vai ter uma grande vantagem competitiva: não paga tributos e isso incentiva cada vez mais a ação ilícita”.

Para o presidente da Comissão de Finanças e Tributação, deputado Renato Molling, do PP do Rio Grande do Sul, que pediu a realização da audiência pública, existe espaço para a redução da carga tributária, desde que todos paguem os impostos.

“Se nós temos quase R$ 150 bilhões em sonegação de contrabando, pirataria, um desses caminhos é justamente melhorar essa questão, que inibe muito o setor produtivo, as indústrias brasileiras sofrem uma concorrência muito desigual, isso provoca muita insegurança”.

Os debatedores lembraram que contrabando e falsificação estimulam outros crimes, como roubo de carros e homicídios nas cidades de fronteira. Todos enfatizaram que essas ações partem de grandes organizações criminosas.

Reportagem: Claudio Ferreira –  Agência Câmara