A retomada do crescimento e a confiança do mercado nacional

foto-crescimento-imagem-postAo assumir definitivamente o Governo, o presidente Michel Temer trouxe um novo alento ao empresário brasileiro ao afirmar que não irá aumentar os impostos. Esta decisão refaz o caminho da confiança ao gerar previsibilidade e segurança àqueles que geram riqueza no país.

A medida é tão importante que a própria Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) seguida por outras Federações, encamparam a campanha do não aumento de impostos com o símbolo do pato.

E, neste sentido, a decisão tem de ser para valer, aplicada a todos, diferentemente do que se fazia no passado não muito distante. Hoje, todos os setores produtivos são extremamente tributados; entretanto, chama a atenção alguns setores que têm sofrido aumentos frequentes e desproporcionais a quaisquer indicadores de inflação e poder de compra do consumidor.

Estas decisões têm ocasionado desequilíbrios na esfera ética da competição, o que inclui ter que concorrer com empresas que sonegam, falsificam ou praticam o contrabando. Vejam o caso da cadeia produtiva do tabaco, composta por 150 mil pequenos produtores rurais, 400 mil varejistas, fabricantes e milhões de consumidores.

Com o aumento do IPI em 140% nos últimos cinco anos, o contrabando aumentou 50%; a arrecadação caiu 20% somente em 2015; a produção legal recuou 13% no mesmo ano e a evasão fiscal foi de absurdos R$ 10 bilhões no mesmo período.

Além dos indiscutíveis efeitos econômicos, outros efeitos da ilegalidade, fomentada pelos aumentos sucessivos e desproporcionais, são igualmente perversos: os produtos em questão não sofrem nenhum controle sanitário da Anvisa; não possuem advertências nas suas embalagens; e são vendidos livremente a menores de idade, além de trazerem prejuízos adicionais, relacionados com o aumento dos índices de violência. Quando os impostos crescem, todos estes efeitos negativos se agravam por consequência.

Ocorre que, na atual realidade brasileira, em que 35% do mercado de cigarros é dominado por produtos contrabandeados, o aumento da tributação já não é mais capaz de reduzir o consumo – há apenas uma migração para marcas ilegais e mais baratas – e nem mesmo de aumentar a arrecadação fiscal. Ao contrário, perdem o governo, a população e a cadeia produtiva.

É fundamental que o governo federal, não aumente mais os impostos, principalmente o de cigarros – setor mais afetado – tendo em visa o almejado crescimento da economia e o desenvolvimento social do país.

Somente com um ambiente de negócios equilibrado, justo, transparente e confiável é que iremos ajustar os novos rumos do País.

  • Edson Vismona é presidente do ETCO – Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial e presidente do FNCP – Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade

 

FECOMÉRCIO/RN promove debate sobre a ética concorrencial e a defesa do mercado legal brasileiro

Presidente do ETCO, Edson Vismona, em debate promovido pela FECOMÉRCIO do Rio Grande de Norte
Presidente do ETCO, Edson Vismona, em debate promovido pela FECOMÉRCIO do Rio Grande de Norte

O presidente do ETCO e FNCP, Edson Vismona, fez a palestra de abertura da reunião que a FECOMÉRCIO do Rio Grande do Norte promoveu com autoridades do Estado e da capital, Natal. O tema foi “A Ética Concorrencial e a Defesa do Mercado Legal Brasileiro”. Participaram as seguintes autoridades:

Deputado Federal Efraim Moraes Filho, presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Contrabando; Dr André Horta, secretário da Tributação do Rio Grande Norte; Marcelo Queiroz, presidente da FECOMÉRCIO/RN; Antônio Fernandes, Secretário Municipal de Serviços Públicos de Natal; André Roncato, da Confederação Nacional do Comércio; Vereador Haroldo Alves; João Felipe Filho, Chefe da Fiscalização Aduaneira da Receita Federal; João Bosco Vasconcelos, Delegado de Defraudações da Polícia Civil; Dr. Luiz Fabiano Pereira, procurador do trabalho.

Após debates, foi apoiada a instituição de um Conselho de Combate à Pirataria e a Ilegalidade, com a participação das instituições que participaram desse importante encontro. Durante sua visita ao Rio Grande do Norte, o presidente do ETCO e FNCP participou ainda do Bom Dia RN, na TV Globo.

Edson Vi
Edson Vismona, Presidente do ETCO, em entrevista ao Bom Dia RN

O contrabando e o crime organizado

Pesquisa Datafolha, encomendada pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), mostra que 75% dos brasileiros acreditam que a redução de impostos sobre os cigarros nacionais contribuiria para o combate ao crime organizado. O contrabando de cigarros, principalmente do Paraguai, é quem abastece o caixa e financia as atividades das facções criminosas, como o tráfico de drogas e de armas.

Confira o resultado da pesquisa em formato PDF

 
Confira o resultado da pesquisa realizada entre os dias 23 a 27 de agosto de 2016, com 2.081 pessoas no Brasil.

 

A percepção dos brasileiros sobre o contrabando

Em março de 2018, o ETCO patrocinou uma nova pesquisa do Datafolha sobre a percepção dos brasileiros em relação ao contrabando. Confira.
 

Tribunal de Contas da União: política pública para as fronteiras do país é inexistente

Relatório apresentado pelo ministro Augusto Nardes conclui que é preciso maior integração no âmbito federal para a proteção das fronteiras

Um relatório divulgado nesta quarta-feira (9/9) pelo ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, apresenta um cenário desolador para as políticas públicas voltadas para as fronteiras brasileiras. O relatório é um diagnóstico do estágio de desenvolvimento em que se situa o sistema de governança inserido nessas políticas, dos seus componentes relacionados a institucionalização, planos e objetivos.

Uma das principais conclusões do trabalho é que, atualmente, o país não possui políticas institucionalizadas em lei para orientar, de forma integrada, a atuação governamental relativa às questões de fronteira, o que contribui para que este seja um tema marcado por diversas fragilidades.

Fonte: Site Amambai Notícias (09/09)

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