Plenário suspende julgamento de ADI sobre registro de empresas de cigarro

Fonte: Direito do Estado – Salvador/BA – 21/10/2010

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu na tarde desta quarta-feira (20) o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3952, proposta pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC), que contesta lei que permite o cancelamento, pela Secretaria da Receita Federal, do registro especial necessário para o funcionamento de indústrias de tabaco (artigo 1º da Lei 9.822/99). A norma permite a cassação do registro no caso de não pagamento de tributos ou contribuições. A análise da ADI deve prosseguir na sessão desta quinta-feira.

O PTC também contesta o artigo 2º do Decreto-Lei nº 1.593/77, que permite à empresa recorrer da decisão da Receita, mas determina que esse recurso não tem efeito suspensivo, ou seja, não permite que a fábrica funcione até que se conclua, judicial ou administrativamente, se houve ou não sonegação de tributos.

O advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, defendeu a improcedência da ação, frisando o entendimento de que o procedimento previsto no Decreto-Lei 1.593/77 é desencadeado somente diante da “recalcitrância (desobediência) do sujeito passivo em dar cumprimento a uma obrigação tributária certificada em outro processo no qual já houvera o exercício do contraditório”.

Também se manifestaram na tribuna o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), o Sindicato da Indústria do Fumo no estado do Rio Grande do Sul (Sindifumo-RS) e o Sindicato da Indústria do Fumo do estado de São Paulo (Sindifumo-SP).

Mais de mil empresas investigadas por fraude

Fonte: O Globo – Rio de Janeiro/RJ – 21/10/2010

SÃO PAULO e RIO. Mais de R$ 2,4 bilhões. Esse foi o prejuízo para os cofres públicos devido à sonegação fiscal e outras práticas por 1.086 empresas de 12 estados do país. Além de autuar essas empresas, a operação de combate à sonegação do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC) deflagrada ontem apresentou 405 denúncias, com o envolvimento de 678 pessoas.

O prejuízo estimado em sonegação fiscal foi de R$ 1,372 bilhão. Mas a investigação, realizada por uma força-tarefa que reuniu Ministérios Públicos estaduais, secretarias da Fazenda e as polícias Civil e Militar, também calculou um rombo de mais R$ 1,093 bilhão em outras irregularidades não criminais (infrações administrativas como o não pagamento de impostos, que pode ser negociado através de parcelamento ou quitação).

Pelo balanço da operação, só no Rio foram registradas 61 denúncias contra 31 empresas, somando R$ 112 milhões em sonegação.

O Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou 90 pessoas por crimes tributários e corrupção. Só três empresas distribuidoras de combustível devem juntas R$ 101 milhões por sonegação de ICMS. Em São Paulo, houve um rombo de R$ 547 milhões em sonegação, o que representa 30% do total.

O sócio da Dínamo Distribuidora de Petróleo (cujo nome não foi divulgado), localizada em Duque de Caxias, é acusado de não repassar R$ 42 milhões do imposto ao fisco entre setembro de 2005 e abril de 2008. Com multas e correção monetária, o débito chega a R$ 98 milhões. Em quatro denúncias, o promotor Reinaldo Lomba, da Coordenadoria de Combate à Sonegação Fiscal (Coesf) do MPRJ, pede a prisão do sócio da Dínamo por até 111 anos.

O MPRJ também denunciou o administrador da Arrows Petróleo do Brasil, em Niterói, que tem débito tributário de R$ 1,3 milhão, e os dois sócios da Petrogold Distribuidora, que deve R$ 2,4 milhões e fica em Duque de Caxias. No início da noite de ontem, o GLOBO telefonou para as três empresas, mas ninguém atendeu. O advogado da Dínamo, Elmiro Chiesse Júnior, não retornou as ligações.

Bahia participa de operação no Dia Nacional de Combate à Sonegação Fiscal

Fonte: Tribuna da Bahia – Salvador/BA – 20/10/2010

Nesta quarta-feira (20), Dia Nacional de Combate à Sonegação Fiscal, uma força-tarefa realizou uma operação contra esse tipo de crime na capital baiana. Coordenada pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), a operação foi realizada em 12 estados mais o Distrito Federal pelo Ministério Público (MP) e as secretarias estaduais da Fazenda.

Na Bahia, o objetivo é estabelecer uma atuação intensiva visando à eficácia da fiscalização e incremento da arrecadação, através da prevenção às fraudes fiscais. Dentro desse contexto, o Estado vem desenvolvendo ações conjuntas com o Ministério Público; Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP); Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública; Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro).

A fiscalização foi realizada simultaneamente em três postos de combustíveis, dois da mesma rede no bairro da Graça e um na Cidade Jardim. Os estabelecimentos foram investigados por suposta comercialização de gasolina adulterada e por não emitir cupom fiscal. Para a ação, foram criados dois grupos, cada um com representantes de todos os órgãos envolvidos. No total, 27 servidores (sete da Secretaria Estadual da Fazenda, oito da SSP, quatro do MP, quatro da ANP e quatro do Ibametro) verificaram os bicos de combustível do tanque, a quantidade de combustível, a relação preço-quantidade (se o que é registrado na bomba é o que sai do bico), os lacres dos dispositivos das bombas, e coletaram material para identificar se há conformidade do combustível – esse último é analisado em laboratório pela ANP, posteriormente.

É o segundo ano consecutivo que esse tipo de ação é feita. Em 2009, a operação recuperou para o País R$ 4 bilhões em recursos que deveriam ser recolhidos aos cofres públicos, mas que foram indevidamente desviados. No setor de combustíveis, foi recuperado R$ 1 bilhão.

A partir de novembro, a Secretaria da Fazenda vai intensificar as fiscalizações nos postos de combustíveis da capital e do interior durante o período de três meses.

MP denuncia 59 pessoas físicas e jurídicas acusadas de sonegar ICMS

Fonte: Minaspetro – Belo Horizonte/MG – 20/10/2010

A Coordenadoria de Combate à Sonegação Fiscal (Coesf), do Ministério Público estadual, denunciou hoje à Justiça 59 pessoas físicas e jurídicas, acusadas de crimes tributários e corrupção fiscal. Juntas, elas teriam sonegado R$ 112,526 milhões em ICMS no período de 2005 a 2009. As denúncias são parte da Operação Nacional de Combate à Sonegação Fiscal, que acontece hoje em todo o país.

Apontado como chefe de uma quadrilha que atuava na Secretaria estadual de Fazenda, o ex-fiscal de rendas Francisco Roberto da Cunha Gomes, conhecido como “Chico Olho de Boi” aparece, agora, em mais 27 denúncias. Em outubro de 2009, junto com cinco empresários, ele já havia sido denunciado por ligação com o esquema de corrupção e sonegação de impostos investigados pela Operação Propina S/A. Neste caso, a acusação é de pagamentos ilícitos feitos por empresas para garantir que não seriam multadas por dívidas de ICMS ou que teriam as multas reduzidas. Em fevereiro deste ano, o governador Sérgio Cabral publicou decreto demitindo “Chico Olho de Boi”.

Na nova denúncia do MP, o principal setor acusado é da área de distribuição de combustíveis. Três empresas teriam sonegado cerca de R$ 100 milhões. A principal delas, com sede em Duque de Caxias, é alvo de quatro denúncias. Só no período entre primeiro de maio de 2008 e primeiro de março de 2009, a empresa teria deixado de recolher R$ 18 milhões. Já os autos de infração referentes a 2006 e 2007 somam R$ 13 milhões. Nos dias 11 e 12 de junho, a sonegação seria de R$ 1,55 milhão. A mesma distribuidora teria dado ainda prejuízo ao erário de R$ 1 milhão entre setembro de 2005 e março de 2006.

Também com sede em Duque de Caxias, a outra distribuidora denunciada deve R$ 1,3 milhão de ICMS ao estado, referente ao período de 2008 e 2009. A terceira distribuidora funciona em Piratininga, Niterói. Segundo o MP, a empresa teria sonegado cerca de R$ 1,3 milhão, entre dezembro de 2007 e março de 2008.

PF deflagra operação contra venda de remédios pela internet

Fonte: Abril.com – São Paulo/SP – 19/10/2010

Os criminosos usavam sites, classificados em jornais, fóruns e redes sociais para vender anabolizantes, abortivos, inibidores de apetite, medicamentos caseiros e fórmulas sem registros

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19), com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Operação Panaceia contra a venda de medicamentos pela internet. A ação ocorre em 45 países associados à Interpol, polícia internacional.

Segundo a PF, estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro, Maranhão, de Minas Gerais, São Paulo, da Paraíba, de Santa Catarina e do Ceará. Os criminosos usavam sites de internet, classificados em jornais, fóruns e redes sociais para vender anabolizantes, abortivos, inibidores de apetite, medicamentos caseiros e fórmulas sem registros.

A Polícia Federal afirma que a compra de medicamentos pela internet pode envolver grandes riscos para a saúde. Há registros de medicamentos que possuem menor ou maior quantidade do princípio ativo.

No Brasil, a comercialização de medicamentos sem licença ou sua adulteração constituem crimes hediondos, cujas penas podem chegar a dez anos de prisão e multa.

ANP assina (13/10) convênio de cooperação técnica com a Sefaz-CE

Fonte: Gazeta New – Aracaju/SE – 13/10/2010

ANP ASSINA HOJE (13/10) CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA COM A SEFAZ-CE

O diretor da ANP Allan Kardec Duailibe assina hoje (13/10), convênio de cooperação técnica com a Secretaria Estadual de Fazenda do Ceará para a fiscalização de postos revendedores de combustíveis. A cerimônia de assinatura contará com a presença do governador do Ceará, Cid Gomes, do secretário estadual de Fazenda, João Marcos.

O evento será realizado no Palácio Iracema, no gabinete do Governador, às 16h do dia 13 de outubro. O convênio, com duração de 36 meses, permitirá aos fiscais da SEFAZ-CE realizarem  ações de fiscalização em postos revendedores, contribuindo de maneira efetiva no combate á adulteração de combustível.

Atualmente a ANP tem convênio com secretarias de Fazenda de estados brasileiros: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato-Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Tocantins.