Pesquisa com jovens e planos de aula sobre ética para uso em sala de aula

ETCO contratou pesquisa do Datafolha e equipe pedagógica que criou atividades para professores trabalharem o tema ética com seus alunos

Por ETCO
10/12/2017

Contribuir para o fortalecimento da ética entre os jovens brasileiros. Esse foi o objetivo do projeto “Ética para Jovens”, que englobou a contratação de uma pesquisa nacional do Datafolha e a produção de materiais pedagógicos sobre o tema disponibilizados para professores de todo o País no site www.eticaparajovens.com.br.

A pesquisa do Datafolha procurou entender como os jovens brasileiros percebem o valor da ética, como avaliam a própria honestidade e a de diferentes grupos e o que acham que pode ser feito para melhorar a formação ética das novas gerações.

O estudo ouviu 1.048 pessoas de 14 a 24 anos, em 130 municípios, entre os dias 7 e 13 de março de 2017.

Os resultados mostraram que os jovens têm consciência de que o problema da falta de ética não se restringe “aos outros”, mas afeta também eles mesmos e seus círculos mais próximos – embora em grau um pouco menor. A maioria (57%) considera a si própria como pouco ou nada ética, índice igual ao da avaliação deles sobre sua família. Em relação aos amigos, o índice sobe para 74% e chega a 90% para a sociedade brasileira de um modo geral. “Para enfrentar um problema, o primeiro passo é reconhecer que ele existe. Nesse sentido, podemos avaliar o resultado da pesquisa como positivo”, afirmou Vismona.

Mais diálogo sobre o assunto

O estudo do Datafolha trouxe outras revelações muito relevantes para orientar ações de fortalecimento da ética para esse público. Uma delas foi a constatação de que os professores representam um importante referencial de honestidade para os jovens. Entre várias categorias profissionais, incluindo policiais, juízes e jornalistas, os educadores ficaram no topo do ranking, atrás apenas dos bombeiros, como os mais éticos do País.

Outra descoberta valiosa diz respeito aos caminhos que eles apontam como sendo os mais promissores para tornar a sociedade brasileira mais ética. Entre várias atitudes apresentadas, a mais eficaz, segundo eles, consiste em estimular mais conversas sobre o assunto entre familiares e amigos – o que inclui o ambiente escolar.

O Instituto contratou uma equipe para produzir e disponibilizar na internet um conjunto de sugestões de atividades sobre ética para serem desenvolvidas em sala de aula voltado ao ensino médio. A consultora Denise Hirao foi a responsável pedagógica pela elaboração do material. “Não tivemos a pretensão de ´ensinar´ o que é ou não ético”, disse. “Criamos atividades com o objetivo de provocar a reflexão dos jovens sobre como formulam seus próprios parâmetros éticos e as razões pelas quais obedecem ou não a eles.”

Site e parceria

Outra preocupação foi criar propostas de aula interessantes para os jovens com base nas recomendações pedagógicas mais atuais. Nesse sentido, buscou-se aproximar o tema à realidade dos alunos e utilizar recursos modernos como charges e enredos que promovam a participação dos estudantes e a interação entre eles, incluindo temas como corrupção, bullying e direitos humanos.

Consulte a pesquisa e o material didático no site www.eticaparajovens.com.br.