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2020
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Nova pesquisa sobre o tamanho da economia subterrânea

Pesquisa ETCO-IBRE/FGVrevela o tamanho da economia subterrânea
Por ETCO
08/06/2021

O ETCO patrocina uma das pesquisas mais importantes do País sobre o tamanho do mercado informal. O Índice de Economia Subterrânea (IES), como é chamado, é medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV) com base em dois parâmetros: a quantidade de trabalhadores que atuam no mercado informal revelada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE e o volume de papel-moeda em circulação no País. Atividades informais, como se sabe, utilizam mais dinheiro em espécie do que os negócios regularizados.

A série histórica do IES tem início em 2003, ano de fundação do ETCO. Durante os primeiros onze anos, em um período de forte expansão da economia, o segmento informal viveu um ciclo de queda constante, partindo do equivalente a 21% do PIB em 2003 para a taxa mínima de 16,1% em 2014.
Além do crescimento econômico, os especialistas apontam outras causas importantes para a redução da informalidade nesse período, como a implantação da Nota Fiscal Eletrônica e dos regimes tributários do Simples e do MEI.

A partir de 2015, no entanto, a curva voltou a subir. Dois anos seguidos de forte recessão e a retomada fraca da economia desde então fizeram o IES engatar uma sequência de cinco aumentos seguidos, até alcançar a marca de 17,3% do PIB em 2019.

A pesquisa realizada em 2020 revelou queda de 0,2 pp no tamanho da economia subterrânea. Infelizmente, porém, não se tratou de um resultado a ser comemorado, segundo os pesquisadores do IBRE/FGV responsáveis pelo estudo.

As razões mais prováveis, segundo eles, estão relacionadas com as restrições à atividade econômica provocadas pela pandemia do coronavírus e aos programas criados pelo governo para proteger o emprego de quem tinha carteira assinada e compensar as perdas dos trabalhadores informais.

Em valores absolutos, a pesquisa mostrou que o mercado informal movimentou R$ 1,2 trilhão em 2020. O valor é superior ao PIB de países como a Suíça e a Suécia.

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