Contrabando: setor de tabaco é o mais afetado

Por ETCO
13/09/2017

clique aqui_revista1De cada três cigarros consumidos no Brasil, um é contrabandeado. Só no ano passado, foram comercializados 31,5 blhões de unidades ilegais. Para os contrabandistas, o produto é o mais lucrativo: representa mais de 65% da receita dos criminosos. Chegou-se ao cúmulo de a marca mais vendida no País ser a paraguaia Eight, trazida por contrabando e, portanto, sem pagar impostos nem cumprir nossas leis sanitárias. Ela é produzida pela Tabacalera Del Este S.A. (Tabesa), que pertence ao presidente do Paraguai, Horacio Cartes. “Falta competência na vigilância das fronteiras e há omissão das autoridades paraguaias, beneficiadas pelo contrabando de cigarros para o Brasil”, afirma Edson Vismona, presidente do ETCO.
Outros segmentos que sofrem muito com a concorrência do contrabando paraguaio são os de equipamentos de informática, eletroeletrônicos, óculos de sol e vestuário. Em todos eles, o estímulo ao crime está relacionado com a diferença entre a carga tributária dos dois países. Os impostos sobre óculos de sol, por exemplo, que no Brasil chegam a 44% do preço final do produto, no Paraguai são de apenas 10%. No caso do cigarro, a diferença é ainda maior: lá, os tributos representam 16% do valor pago pelo consumidor, enquanto que aqui esse índice alcança 71% (veja quadro abaixo).

A CARGA TRIBUTÁRIA NOS DOIS PAÍSES

GRAFICO CONTRABANDO

(*) DVD Player

(**) empresas de grande porte

(***) Computadores acima de R$ 3 mil