Controladoria investiga suposta formação de cartel

A Controladoria Geral do Município está apurando a existência de uma suposta fraude no pregão eletrônico realizado para a contratação de serviços de limpeza e conservação de escolas e Centros Educacionais Unificados (CEUs) do município. O pedido de investigação foi feito pela Secretaria Municipal de Educação, responsável pela contratação dos serviços.

De acordo com reportagem publicada na última terça-feira (5) pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, os nomes das empresas vencedoras da licitação foram informados ao jornal no dia 25 de julho, por telefone e por e-mail, uma hora e trinta minutos antes do início do pregão.

Com base em uma análise preliminar da Controladoria Geral do Município, que apontou baixa competitividade entre as empresas que disputaram o pregão eletrônico, a Prefeitura de São Paulo revogou a licitação. O prefeito Fernando Haddad defendeu que a pessoa que fez a denúncia ao jornal se apresente à Controladoria para contribuir com as investigações.

A Controladoria destacou uma equipe para analisar o processo licitatório. De acordo com o controlador geral do município, Mário Vinícius Spinelli, todo o rito processual será mapeado em busca de indícios de cartelização. Ele também destacou a importância da participação efetiva da sociedade, denunciando eventuais irregularidades, para que os crimes contra a administração sejam coibidos.

Caso seja comprovada a prática de cartel, será instaurado pela Controladoria um processo administrativo de responsabilização. As empresas cuja participação na fraude for comprovada estarão sujeitas à aplicação da Lei nº 12.846. Regulamentada no mês de maio pela Prefeitura de São Paulo, a chamada Lei Anticorrupção prevê a aplicação de multas de até 20% do faturamento bruto às empresas que se beneficiarem de atos ilícitos cometidos contra a administração pública.

A Controladoria também encaminhará as informações obtidas nas investigações ao Ministério Público do Estado de São Paulo e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

Fonte: Portal da Prefeitura de S.Paulo

ETCO terá apoio do escritório Machado Meyer em eventos sobre combate à corrupção

O Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados, por meio de sua área de Compliance e Integridade Corporativa liderada pelo advogado Leonardo Ruiz Machado, vai apoiar o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) nas ações desenvolvidas pela entidade com foco no apoio ao combate à corrupção. A parceria foi construída em encontro realizado com o presidente executivo do ETCO, Evandro Guimarães, no último dia 3 de julho, na sede do instituto em São Paulo.

Na ocasião ficou acertada a participação do advogado como palestrante em dois eventos sobre a Lei 12.846/13, também conhecida como  Lei Anticorrupção, que estão sendo organizados pelo ETCO. Os seminários, com data a ser definida, vão discutir os impactos da nova lei para as empresas, em especial no que se refere ao relacionamento com agentes públicos. A Lei Anticorrupção já está em vigor desde 29 de janeiro, embora ainda não tenha sido regulada pelo Poder Executivo Federal no que diz respeito a um dos seus pontos mais inovadores: os programas de compliance.

Além de participar dos seminários, o Machado Meyer vai colaborar com o ETCO na elaboração de outras iniciativas de apoio ao combate à corrupção programadas para 2014.

Sobre o Machado, Meyer, Sendacz e Opice

Fundado em 1972, Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados é um dos mais respeitados escritórios de advocacia do Brasil. Com atuação em todas as áreas do direito, oferece assistência legal a clientes nacionais e internacionais, incluindo grandes corporações dos mais variados setores de atividades, instituições financeiras e entidades governamentais. O escritório está presente em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e Nova Iorque.

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CEDES e CADE promovem debate sobre compliance e defesa da concorrência

Nos próximos dias 28 e 29 de agosto, o Centro de Estudos de Direito Econômico e Social (CEDES), em parceria com o CADE, realizará um seminário para tratar do tema Compliance e Defesa da Concorrência. Os painéis apresentarão elementos essenciais ao compliance concorrencial, além de programas efetivos e experiências internacionais.

O seminário será realizado no auditório do TRF da 3ª Região, com sede na Avenida Paulista, 1842, 25º andar – Bela Vista – São Paulo/SP. Para participar, basta fazer sua inscrição gratuita no link: http://www.trf3.jus.br/semag/

Febraban realizará 4º Congresso de combate e prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo

No início de agosto, a Febraban realiza o 4º Congresso de combate e prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. O evento vai abordar a lei Anticorrupção e Lei de Acesso à Informação, além de discutir a corrupção na perspectiva da Lei Eleitoral. Entre os palestrantes, estão confirmados nomes como Mário Spinelli, Corregedor Geral do Município de São Paulo e Sérgio Nogueira Seabra, Secretário de Transparência e Prevenção da Corrupção da CGU. As inscrições podem ser feitas diretamente no site da Febraban.

Data: 07 e 08 de agosto
Local: Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio)
Endereço: Rua Doutor Plínio Barreto, 285 – Bela Vista – São Paulo/SP
Mais informações: http://www.febraban.org.br/Arquivo/Servicos/Eventoscursos/PLD2014/index.asp

Artigo: O Mal da Corrupção

“A saúde pública no Brasil vai de mal a pior.” Há décadas essa frase permeia a realidade de todos os brasileiros, sejam eles usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) ou trabalhadores do setor. E quem é o responsável pela mazela? Para uma pergunta complexa, há várias respostas, dentre elas uma muito usual — a corrupção.

Sim, a corrupção está entranhada nas negociatas, nas fraudes e nos desvios do SUS, e tem de ser combatida com rigor. Mas a corrupção seria causa ou efeito? Diagnóstico ou sintoma? As causas principais da crise permanente no sistema público de saúde decorrem da falta de foco nas ações e desvalorização da carreira do servidor. Resumindo em duas palavras: gestão ineficiente.
O primeiro passo é mudar o foco para os resultados. Recente relatório do Tribunal de Contas da União ratificou as condições caóticas da saúde pública no Brasil, mas inovou ao incluir nos procedimentos de auditoria a análise sobre a qualidade da assistência.

Pela primeira vez, um órgão de controle se preocupou não apenas com a correta aplicação do dinheiro público, mas também com o padrão do atendimento prestado aos usuários do SUS. Isso não quer dizer que, a partir de agora, os fins justificam os meios, mas que, além de licitações, contratos e convênios, os gestores e fiscais terão que se voltar, também, para a satisfação do usuário.
Também é necessário mudar a realidade dos profissionais das unidades de saúde. A manutenção do status quo do funcionalismo público se mostra incapaz de atender à demanda da sociedade por serviços de qualidade.

É necessário rever os planos de carreira dos profissionais estatutários, com a inclusão da remuneração baseada em indicadores de desempenho, para que os trabalhadores sintam-se motivados a superar os seus próprios limites e, assim, voltar a investir na carreira pública como meta de vida.

Todas as mazelas da saúde pública decorrem do atual modelo de gestão. Ou melhor, da falta de gestão. O modelo atual é eminentemente processualista, sem a devida observância dos resultados a serem alcançados, baseado numa legislação atrasada que engessa a administração pública.

É um modelo desprovido das ferramentas gerenciais necessárias ao planejamento estratégico, tático e operacional do SUS, bem como para o gerenciamento da rotina do dia a dia das unidades públicas de saúde.

Reinventar o atual modelo de gestão do SUS consiste no principal desafio para ofertar serviços de qualidade para pacientes e familiares, bem como coibir a corrupção desenfreada que assola o SUS de norte a sul do país.

Por José Carlos Pitangueira Filho, médico, é diretor de Projetos do Instituto Nacional de Assistência à Saúde e à Educação (Inase).

Publicado originalmente em O Globo, em 20/06/2014.

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Para Hage, Lei 12.846/2013 traz recado claro: corrupção não compensa

Jorge Hage, ministro-chefe da Controladoria Geral da União (Foto: Agência Brasil)

Avanço irreversível

Em vigor desde 29 de janeiro deste ano, embora ainda não regulamentada, a lei nº 12.846/2013 constitui a mais recente peça acrescentada à construção, iniciada em 2003, do Sistema Brasileiro Anticorrupção. Esse é o seu verdadeiro sentido, e não o de iniciativa isolada, decorrente dos protestos de 2013, como tenho lido em artigos mal-informados. Se os protestos sensibilizaram o Congresso, acelerando sua aprovação, ótimo; mas não se omita que o ex-presidente Lula enviou esse projeto ainda em 2010.

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Congresso ratifica adesão do Brasil à Academia Internacional contra a Corrupção

Um importante passo para o combate à corrupção no País foi dado no fim de 2012, com a publicação do texto do Decreto Legislativo 0590/2012, que ratifica a adesão do Brasil ao Acordo para a Constituição da Academia Internacional contra a Corrupção.

Aprovado pelo Plenário do Senado em 20 de dezembro, o PDS 550/2012, que ratifica a constituição da Academia Internacional contra a Corrupção como Organização Internacional, já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 14 de novembro.

O acordo para constituição da Academia contra a Corrupção foi celebrado em Viena em outubro de 2010 e assinado pelo Brasil em dezembro do mesmo ano. A medida tem como principal objetivo constituir um centro de excelência voltado para educação, treinamento, cooperação e pesquisa na prevenção e combate à corrupção. A função do centro seria contribuir com os países na implementação da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção (Uncac), da qual o Brasil faz parte.

A Academia Internacional Anticorrupção (IACA) é uma organização internacional com sede em Viena, na Áustria, e tem como objetivo contribuir com a luta global contra a corrupção ao desenvolver conhecimento teórico e prático sobre o assunto. Sua principal missão é facilitar a educação anticorrupção, oferecendo cursos para profissionais e praticantes provenientes de todos os setores da sociedade.

No fim de 2010, a IACA tinha 55 membros e, em 8 de março de 2011, se tornou uma organização internacional. Atualmente, a IACA tem 61 membros e status de observadora no Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) e no Grupo de Estados contra a Corrupção (GRECO) do Conselho Europeu.

“Corrupção X Desenvolvimento”

Revista ETCO – Outubro de 2012 / Nº 19 – Ano 09

“Corrupção X Desenvolvimento”: O grande volume de recursos que será investido em todo o mundo clama por transparência entre público e privado.

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Destaques desta edição:
Bolívar Lamounier: Como liquidar a fatura de 500 anos de nepotismo e o hábito de se apropriar de recursos públicos

Marcos Neder: O retorno à tributação de dividendos no Brasil e seus efeitos nocivos sobre o crescimento

Combate à sonegação: Os primeiros resultados do Sistema de Inteligência da Nota Fiscal Eletrônica

Entrevista: Edney Silvestre fala de seu novo livro “A felicidade é fácil” e diz que a decência é sempre possível