Brasil ainda tem uma Suécia na economia subterrânea

Mirian Leitão.com, O Globo – – 10.7.2013

A boa notícia é que a chamada economia subterrânea vem caindo desde 2003, como mostram os dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e pelo Ibre/FGV. Naquele ano, estava em 21% do PIB e, em 2012, ficou em 16,6%. Esse último dado representa uma redução de 0,3 ponto em relação a 2011. A má notícia é que nos últimos dois anos, o ritmo de queda da economia subterrânea, que capta não só a informalidade, mas também a produção de bens e serviços não reportada ao governo, que fica à margem do PIB, vem diminuindo.

O economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Ibre/FGV, explica por que isso vem acontecendo:

– Essa desaceleração se deve, basicamente, ao recuo das contratações formais pela indústria e ao crescimento do setor de serviços, que é intensivo em mão de obra e está bastante dinâmico, mas tem níveis de informalidade maiores do que a indústria. Mas de um modo geral, apesar da redução do ritmo de queda do índice, o resultado ainda é positivo, pois é preciso levar em consideração que, mesmo com o baixo desempenho da economia no ano, a informalidade continua caindo – disse.

O tamanho da economia que vive na sombra é calculado em mais de R$ 730 bilhões, segundo a FGV, o que equivale ao PIB da Suécia.

Segundo o presidente executivo do Etco, Roberto Abdenur, apesar de o governo se esforçar em criar medidas para facilitar a formalização, os níveis de adesão nos setores de comércio e serviços, onde predominam os pequenos empreendedores, ainda são muito baixos.

– Desde o fim de 2012, observa-se que o crescimento do mercado formal de trabalho atingiu seu limite em razão de dois grandes fatores: a rigidez das leis trabalhistas e o baixo nível de escolaridade do brasileiro – afirma Abdenur.

Economia subterrânea: os motivos para a queda em ritmo menor

A boa notícia é que a chamada economia subterrânea vem caindo desde 2003, como mostram os dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e pelo Ibre/FGV. Naquele ano, estava em 21% do PIB e, em 2012, ficou em 16,6%. Esse último dado representa uma redução de 0,3 ponto em relação a 2011. A má notícia é que nos últimos dois anos, o ritmo de queda da economia subterrânea, que capta não só a informalidade, mas também a produção de bens e serviços não reportada ao governo, que fica à margem do PIB, vem diminuindo.

O economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Ibre/FGV, explica por que isso vem acontecendo:

– Essa desaceleração se deve, basicamente, ao recuo das contratações formais pela indústria e ao crescimento do setor de serviços, que é intensivo em mão de obra e está bastante dinâmico, mas tem níveis de informalidade maiores do que a indústria. Mas de um modo geral, apesar da redução do ritmo de queda do índice, o resultado ainda é positivo, pois é preciso levar em consideração que, mesmo com o baixo desempenho da economia no ano, a informalidade continua caindo – disse.

Segundo o presidente executivo do Etco, Roberto Abdenur, apesar de o governo se esforçar em criar medidas para facilitar a formalização, os níveis de adesão nos setores de comércio e serviços, onde predominam os pequenos empreendedores, ainda são muito baixos.

– Desde o fim de 2012, observa-se que o crescimento do mercado formal de trabalho atingiu seu limite em razão de dois grandes fatores: a rigidez das leis trabalhistas e o baixo nível de escolaridade do brasileiro – afirma Abdenur.

ETCO e Ibre/FGV: diminui ritmo de queda da economia subterrânea

O Globo Online – Rio de Janeiro/RJ – ECONOMIA – 10/07/2013

Apesar do baixo crescimento do PIB, o Índice de Economia Subterrânea segue recuando, ainda que em ritmo menor do que nos últimos anos

O Índice de Economia Subterrânea (IES), divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) em conjunto com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV), atingiu a marca de 16,6 % no fim de 2012, o que representa redução de 0,3 ponto porcentual em relação ao ano anterior.

Em valores absolutos, a estimativa é de que a economia subterânea em 2012 – a produção de bens e serviços não reportada ao governo, que fica à margem do PIB nacional – tenha superado R$ 730 bilhões.

Fonte: IBRE/FGV e ETCO

“De um modo geral, apesar da redução do ritmo de queda do índice, o resultado ainda é positivo, pois é preciso levar em consideração que, mesmo com o baixo desempenho da economia no ano, a informalidade continua caindo”, afirma o pesquisador do IBRE/FGV Fernando de Holanda Barbosa Filho.

Apesar da leitura positiva, houve nos últimos dois anos uma desaceleração do ritmo de queda da economia subterrânea no País. “Essa desaceleração se deve, basicamente, ao recuo das contratações formais pela indústria e ao crescimento do setor de serviços, que é intensivo em mão de obra e está bastante dinâmico, mas tem níveis de informalidade maiores do que a indústria”, explica Barbosa Filho.

“Em que pese o esforço do governo em criar medidas que facilitem a formalização, sobretudo nos setores de comércio e serviços, onde predominam os pequenos empreendedores, os níveis de adesão nesses setores ainda são bastante baixos”, avalia o Presidente Executivo do ETCO, Roberto Abdenur.

Pesquisa recentemente divulgada pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas mostrou que quase metade (49%) dos entrevistados não sabe o que fazer para regularizar o próprio negócio. Além disso, entre os que querem ampliar o negócio este ano, a maioria não pretende formalizá-lo porque teme a burocracia, a queda no rendimento e novos custos.

Para Roberto Abdenur, “além dessas questões, vale lembrar que, desde o fim de 2012, observa-se que o crescimento do mercado formal de trabalho atingiu seu limite em razão de dois grandes fatores: a rigidez das leis trabalhistas e o baixo nível de escolaridade do brasileiro”. Ele destaca que “se, por um lado, suavizar as rígidas leis trabalhistas e reduzir a burocracia são tarefas cada vez mais imprescindíveis, investir em educação é muito mais do que uma meta, é uma obrigação para uma nação que se pretende forte e posicionada entre as principais economias do mundo”.

A informalidade, além de suas relações com o crime organizado e de precarizar as relações de trabalho, traz prejuízos diretos para a sociedade, cria um ambiente de transgressão, estimula o comportamento econômico oportunista, com queda na qualidade do investimento e redução do potencial de crescimento da economia brasileira. Além disso, provoca a redução de recursos governamentais destinados a programas sociais e a investimentos em infraestrutura.

FGV: Economia informal atinge mínima em dez anos apesar do Pibinho

O Globo Online – Rio de Janeiro/RJ – ECONOMIA – 10/07/2013

RIO – A chamada economia subterrânea, produção de bens e serviços não reportados ao governo, correspondeu a 16,6% do PIB em 2012, ano em que a economia como um todo teve alta de apenas 0,9%. É a menor taxa registrada para a economia informal desde o início da série em 2003 e representa uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao 2011. Em valores, somou R$ 730 bilhões, segundo estimativa divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco) em conjunto com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

O mercado de trabalho forte, com geração de empregos formais, explica esse comportamento, segundo o pesquisador da Economia Aplicada do FGV/IBRE Fernando de Holanda Barbosa Filho.

— A informalidade cai sistematicamente, mesmo em anos de crise, o que significa que institucionalmente estamos melhorando, mas as quedas menores estão sinalizando um esgotamento — afirma.

Barbosa Filho frisa que os sinais de esgotamento do emprego, da renda e do crédito neste ano podem impactar os próximos resultados.

— A economia já não está ajudando como antes. A expansão do crédito parou, e com isso, parte do estímulo para se formalizar também. A tendência não está continuando. Precisamos de uma mudança institucional, desburocratizar e desregulamentar o mercado de trabalho, embora isso seja altamente improvável que aconteça.

Pesquisa recentemente divulgada pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas mostrou que quase metade (49%) dos entrevistados não sabe o que fazer para regularizar o próprio negócio. Além disso, entre os que querem ampliar o negócio este ano, a maioria não pretende formalizá-lo porque teme a burocracia, a queda no rendimento e novos custos.

Para Roberto Abdenur, presidente Executivo do ETCO, o mercado formal de trabalho atingiu seu limite em razão de dois grandes fatores: a rigidez das leis trabalhistas e o baixo nível de escolaridade do brasileiro.

— Se, por um lado, suavizar as rígidas leis trabalhistas e reduzir a burocracia são tarefas cada vez mais imprescindíveis, investir em educação é muito mais do que uma meta, é uma obrigação para uma nação que se pretende forte e posicionada entre as principais economias do mundo — disse.

 

Economia informal superou os R$ 730 bilhões em 2012, estima FGV

G1 – Rio de Janeiro/RJ – ECONOMIA – 10/07/2013

O Índice de Economia Subterrânea (IES) no Brasil, que mede o conjunto de atividades de bens e serviços que não são reportados ao governo, como ocorre no mercado informal, apresentou uma queda de 0,3 ponto percentual em 2012 na comparação com 2011, para 16,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco).

Apesar da queda percentual, houve crescimento em valor absoluto: a estimativa é que a economia subterrânea tenha superado os R$ 730 bilhões no ano passado, frente a R$ 702 bilhões em 2011.

De acordo com a entidade, a queda do IES vem ocorrendo desde 2003. Naquele ano, a economia informal representava 21% do PIB. Mas a melhor no indicador perdeu força. De 2010 para 2011, o IES recuara 0,8 ponto percentual.

“De um modo geral, apesar da redução do ritmo de queda do índice, o resultado ainda é positivo, pois é preciso levar em consideração que, mesmo com o baixo desempenho da economia no ano, a informalidade continua caindo”, afirmou, em nota, o pesquisador da Economia Aplicada do FGV/IBRE Fernando de Holanda Barbosa Filho.

“Essa desaceleração se deve, basicamente, ao recuo das contratações formais pela indústria e ao crescimento do setor de serviços, que é intensivo em mão de obra e está bastante dinâmico, mas tem níveis de informalidade maiores do que a indústria”, explicou.

Informalidade cai apenas 0,3 p.p. em 2012

Revista SM – – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – 10/07/2013

O IES (Índice de Economia Subterrânea), divulgado hoje (10/7) pelo ETCO (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial) em conjunto com o IBRE/FGV (Instituto Brasileiro de Economia), atingiu a marca de 16,6% no fim de 2012, o que representa redução de 0,3 ponto porcentual em relação ao ano anterior.

Em valores absolutos, a estimativa é de que a economia subterrânea em 2012 – a produção de bens e serviços não reportada ao governo, que fica à margem do PIB nacional – tenha superado R$ 730 bilhões.

“De um modo geral, apesar da redução do ritmo de queda do índice, o resultado ainda é positivo, pois é preciso levar em consideração que, mesmo com o baixo desempenho da economia no ano, a informalidade continua caindo”, afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador da Economia Aplicada do FGV/IBRE.

Economia brasileira que não entra na conta do PIB é maior que Dinamarca

UOL – São Paulo/SP – ECONOMIA – 10/07/2013

Matheus Lombardi

Do UOL, em São Paulo

A economia “subterrânea” brasileira, aquela que não é computada na conta do Produto Interno Bruto (PIB), movimentou em 2012 mais do que toda a economia da Dinamarca, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO).

Além do mercado informal, o indicador calcula tudo aquilo que é movimentado no país, mas não é informado oficialmente ao governo. Por exemplo, uma fábrica que produz 100 pares de sapato e declara apenas 90 ao governo, colabora com 10 pares para a economia “subterrânea”.

De acordo com o estudo, a economia “subterrânea” movimentou R$ 730 bilhões em 2012, cerca de 16% do Produto Interno Bruto do país. A economia da Dinamarca movimentou cerca de R$ 715 bilhões no mesmo período.

Ritmo de queda da informalidade diminui

O indicador teve uma redução em relação ao percentual do PIB registrado em 2011, passando de 21% da economia do país para 16%. Porém, houve uma desaceleração no ritmo da queda.

“Essa desaceleração se deve, basicamente, ao recuo das contratações formais pela indústria e ao crescimento do setor de serviços, que é intensivo em mão de obra e está bastante dinâmico, mas tem níveis de informalidade maiores do que a indústria”, disse o pesquisador do IBRE/FGV Fernando de Holanda Barbosa Filho, responsável pela pesquisa.

O economista ressalta que, apesar da redução do ritmo de queda do índice, o resultado ainda é positivo. “É preciso levar em consideração que, mesmo com o baixo desempenho da economia no ano, a informalidade continua caindo”, afirma.

Economia cresceu 0,9% em 2012, no pior ano desde 2009

A economia brasileira cresceu 0,9% em 2012, no pior desempenho anual desde 2009, quando encolheu 0,3%. Em 2011, houve crescimento de 2,7% e, em 2010, de 7,5%.

Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 4,403 trilhões em 2012. O PIB per capita alcançou R$ 22.402, mantendo-se praticamente estável (0,1%) em relação a 2011.

Considerando os três setores da economia, serviços foi o único que apresentou desempenho positivo no acumulado de 2012, com alta de 1,7%. Por sua vez, a indústria encolheu 0,8% e a agropecuária despencou 2,3%.

UOL – São Paulo/SP – ECONOMIA – 10/07/2013