“Temos um problema estrutural complexo, que é o sistema educacional falho”
Roberto Faldini, empresário e conselheiro de diversas empresas, certificado pelo IBGC, instituição da qual foi cofundador. Presidiu a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e foi diretor executivo, membro do Conselho de Administração e acionista do grupo controlador da Metal Leve S.A.
A ética empresarial e concorrencial determina a moral e a conduta das empresas dentro do seu ramo de atuação, assim como diante de seus clientes e concorrentes. Quando uma organização adota e aplica a ética em seus princípios básicos, desenvolve potencial para crescer de maneira sustentável. É avaliada pelos stakeholders como empresa séria e que tem responsabilidade.
Atualmente, no mundo corporativo, a ética empresarial e concorrencial passou a ser vista como meta essencial a ser alcançada, tão importante quanto os demais resultados: sucesso financeiro, inovação e excelência.
Cultura ética
O ETCO tem se mostrado cada vez mais presente e atuante em todas as esferas necessárias. O Instituto mostra, esclarece e, principalmente, transmite a relevância dos princípios e valores da ética empresarial e concorrencial, com benefícios para toda a sociedade brasileira.
Construir uma cultura verdadeiramente ética envolve mais do que apenas ajudar ou esclarecer as pessoas a fim de evitar fazer coisas que não são corretas; também requer capacitá-las a fazer coisas boas.
No meu ponto de vista, embora problemas de falta de ética concorrencial e corrupção não sejam um fenômeno somente brasileiro, temos um problema estrutural complexo, que é o sistema educacional falho, fruto da nossa herança cultural.
Treinamentos corporativos
Além das diversas ações que já estão sendo tomadas pelo ETCO, com muita eficiência e eficácia, me parece também ser válida uma parceria com as universidades e escolas de uma forma geral para incluir no currículo escolar obrigatório a matéria da Ética.
Isto também poderia ser estendido como sugestão de treinamento a todas as áreas de RH das empresas ou organizações. A grande maioria cria seus códigos de ética, cujo conteúdo deve ser conhecido por todos os colaboradores. No entanto, posso estar equivocado, mas suspeito que são poucas as organizações ou empresas que incorporam explicitamente questões éticas em seus programas efetivos de treinamento – uma oportunidade perdida.