Cerco à venda de produtos roubados

O governo de São Paulo promulgou em janeiro a Lei 15.315/14, que cassa inscrição estadual de estabelecimento que adquirir, vender, transportar ou estocar produto de roubo ou furto. A penalidade vale até quando não for comprovada a receptação e tem eficácia mesmo nos casos em que houver apenas revenda e exposição de produtos irregulares.

Os sócios da empresa ficam ainda proibidos de exercer a atividade do estabelecimento punido por cinco anos. Nesse período, também não podem pedir inscrição de nova empresa, mesmo em outro endereço. Além disso, devem pagar multa no valor de duas vezes o valor dos produtos de origem criminosa.

A norma prevê ainda divulgação das empresas punidas no Diário Oficial do Estado de São Paulo e a perda do crédito tributário. Também determina que as multas arrecadadas sejam investidas totalmente no combate ao roubo e furto de cargas, bem como na comercialização de produtos falsificados e descaminhados. A Lei 15.315/14 ainda aguarda regulamentação.

ABES fecha parceria com Boa Vista Serviços, administradora do SCPC

Com o objetivo de conscientizar os empresários sobre a importância do uso de software original em suas empresas, a iniciativa Empreendedor Legal, promovida pela ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) com apoio do ETCO, assinou uma parceria com a Boa Vista Serviços, administradora do SCPC.

Tendo como um dos principais valores corporativos a conduta ética, a Boa Vista SCPC acredita que o gerenciamento correto de licenças de software é um modo de promover a prosperidade para todos e, consequentemente, contribuir para o avanço do País.

A utilização e/ou aquisição de software sem as correspondentes licenças de uso, ou ainda em desacordo com o contrato de licença de uso aplicável, pode acarretar implicações de ordem legal (criminal e cível) relacionados à pirataria, concorrência desleal e evasão fiscal.

Para garantir conformidade com a lei e um melhor futuro para o País, a ABES e a Boa Vista recomendam um gerenciamento efetivo das licenças de software em uso pelas empresas.

Para mais informações acesse www.empreendedorlegal.org.br – o portal disponibiliza, gratuitamente, um Manual online de Gestão de Ativos de Software.

Acredita ter sido vítima de pirataria? Suspeita ou tem conhecimento de algum caso?
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Colaboração: Microsoft
Fonte: Portal ABES

 

Hackers de jaleco branco

A integração de tecnologias atrai a atenção para segmentos que até recentemente passariam despercebidos. É o caso da digitalização de registros de saúde em sistemas eletrônicos, compartilhados pela rede.

Amplificados pela coleta de dados pessoais prometida pelos novos relógios e sensores, eles devem acelerar e aumentar a precisão de diagnósticos, fatores essenciais em uma área em que prazos costumam ser urgentes e há pouca margem para erro.

Entretanto essa digitalização também pode significar um pesadelo de segurança para o segmento médico. Suas bases de dados raramente estão devidamente protegidas, o que cria oportunidades para grupos especializados em crime eletrônico.

O que há de tão interessante em um prontuário médico? Para começar, dados genéricos. Nomes, endereços, planos, apólices e informações de cobrança podem ser usados para criar identidades falsas e realizar outros tipos de fraude.

Os registros médicos também podem ser usados para forjar receitas, atendimentos, internações, reembolsos, ações judiciais fraudulentas e até comprar equipamentos ou remédios para revender no mercado negro. Ao contrário da fraude bancária, o furto da identidade médica, não é imediatamente identificado pelo paciente nem pelo prestador de serviços, o que dá aos criminosos bastante tempo para lucrar a partir deles.

Para piorar, a invasão é fácil. Muitas dessas redes usam, em seus sistemas administrativos, máquinas antigas, algumas com mais de dez anos de idade e pouquíssimas atualizações, além de um enorme descaso com criptografia e backups.

Entre prestadores de serviços é comum subestimar a dimensão do problema. É compreensível, embora não deva ser aceitável. Em um ambiente de pouco conhecimento tecnológico, grandes investimentos e orçamentos apertados, a decisão entre se investir em um novo aparelho de tomografia ou hemodiálise sempre parecerá muito mais urgente e apresentará resultados mais imediatos e palpáveis do que o investimento na estruturação ou modernização do firewall administrativo.

Com uma ousadia digna de Hollywood, grupos ligados ao crime organizado realizam ataques diários a grandes hospitais e prestadores de serviços de saúde nos Estados Unidos, Europa e Japão. Hackers também inserem pen drives com código malicioso em computadores, furtam fitas de backup, laptops e discos rígidos e clonam bases de dados.

Em um caso recente, alguns hospitais da Califórnia terceirizaram o serviço de transcrição de suas fichas para empresas na Índia e Paquistão, sendo depois chantageados por seus próprios fornecedores.

Enquanto o vazamento das fotos de celebridades ganha o mundo e levanta questões quanto à qualidade ou confiabilidade dos serviços da nuvem, ela é, sem dúvida, a melhor saída. Consultórios médicos e hospitais podem proteger adequadamente os dados de seus paciente através de serviços de armazenamento anônimo e privado, similar ao processo usado em serviços financeiros.

O roubo é só um dos problemas. Outra grande preocupação está na pirataria e falsificação de equipamentos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, ela chega a 8% dos dispositivos médicos em todo o mundo. Por enquanto ainda se restringem a produtos simples, como preservativos, lentes de contato e instrumentos cirúrgicos. Mas logo a pirataria chegará à eletrônica. Não é nada confortável pensar em um problema de software provocando uma falha em um sistema de sobrevivência, bem no meio de uma cirurgia.

É preciso estar atento a esse tipo de fraude. Na melhor das hipóteses, o paciente prejudicado terá que lidar com a burocracia dos planos de saúde para provar que é inocente, e mesmo assim poderá ter, em seus registros, informações que comprometam futuros empregos ou financiamentos.

Em última instância todos pagaremos, ao recebermos o repasse da conta da segurança no aumento dos preços dos planos de saúde e na precariedade dos serviços públicos.

Luli Radfahrer

Fonte: Folha de S.Paulo

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Polícia Rodoviária Federal intensifica trabalho nas fronteiras de norte a sul do país

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em parceria com a Receita Federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, desencadeou, durante todo o mês de setembro, inúmeras ações nas fronteiras brasileiras.

Além da presença permanente que já existia nos limites do sul do país, foram reforçadas as fiscalizações nas fronteiras do norte e do oeste do Brasil. Com essas novas barreiras intensificadas, as ações da Operação Sentinela, um projeto estratégico do Governo Federal para combater crimes transnacionais, ganha um novo cinturão de segurança que já vem dando resultado.

Do Amapá ao Rio Grande do Sul, o efetivo das unidades operacionais da PRF, localizadas em pontos próximos às fronteiras, recebeu reforço de agentes de outros estados e de grupos especializados no combate ao crime.
Tráfico de drogas, medicamentos e armas, entrada ilegal de estrangeiros, evasão de divisas, contrabando e descaminho, roubo e furto de veículos, crimes ambientais foram alguns dos ilícitos combatidos durante as ações. O resultado impressiona: foram apreendidos aproximadamente 13 milhões de reais em mercadorias contrabandeadas – entre as quais 57236 unidades de medicamentos; 500 litros de combustíveis; 4529 litros de bebidas e 11427 unidades de eletrônicos. Além disso, também foram apreendidos 60 animais silvestres; mil metros cúbicos de madeira; 161
armas de fogo entre outros materiais.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal

ABES lança Manual de Gestão de Ativos de Software

Como qualquer outro recurso de valor dentro de uma empresa, o software é um ativo que necessita de uma gestão efetiva para evitar desperdícios de investimentos ou até mesmo despesas futuras. Para orientar os Executivos de TI e outros gestores, a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) acaba de lançar o Manual ABES de Gestão de Ativos de Software.

Disponível gratuitamente no site da entidade, o manual interativo mostra como uma empresa pode manter a conformidade de políticas de licenciamento, legislação em vigor e também os erros mais comuns cometidos por empresas.

Usar uma cópia falsificada de um programa de computador ou utilizar de forma inadequada uma licença não autorizada são algumas das práticas que configuram a pirataria de software.

Por tanto, é fundamental que as empresas façam um controle dos ativos adquiridos para checar se as licenças estão sendo usadas corretamente e não sofrer penalidades civis e jurídicas. Isto porque, a pirataria de software e roubo de TI são crimes e a organização estará exposta à indenização, que pode chegar até três mil vezes o valor do programa de software falsificado, e às penas de prisões, que chegam a quatro anos.

“O nosso objetivo é alertar e ajudar as companhias a implementar uma metodologia processual que segue as melhores práticas do mercado, ajudando as empresas a aprimorar processos e realizar investimentos conscientes”, comenta Jorge Sukarie, presidente da ABES.

Fonte: Portal ABES
Colaboração: Microsoft

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Ministério do Desenvolvimento Social divulga ofício sobre produtos falsificados

Com objetivo de alertar a população sobre os cuidados com produtos falsificados, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome divulgou ofício com oito itens importantes, chamando a atenção para diversos golpes realizados por quadrilhas. Enviado para diversas empresas, o material conta ainda com um canal direto para consumidores e distribuidores tirarem dúvidas específicas.

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Artigo: Pela defesa do mercado legal

EDSON LUIZ VISMONA Presidente do Fórum Nacional Contra Pirataria (FNCP) e do Instituto Brasil Legal

EVANDRO DO CARMO GUIMARÃES Presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO)

A pirataria, a falsificação e o contrabando dos mais diversos bens de consumo vêm aumentando no Brasil e estão presentes no dia a dia dos brasileiros, atingindo os mais diversos setores produtivos: medicamentos, vestuário, cigarros, brinquedos, bebidas, produtos óticos, CDs, DVDs e uma lista infindável que chega às residências sem controle e com riscos para a saúde de cada cidadão.

Algumas vezes a sociedade tem dificuldade de compreender os prejuízos causados por essas atividades ilegais. Se considerarmos, por exemplo, os 13 setores da economia mais impactados, conforme demonstrado pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e ilegalidade (FNCP), os prejuízos acumulados chegaram a RS 24,5 bilhões em 2012. Para 2013, os dados em fase final de levantamento apontam para mais de RS 30 bilhões. Isso sem falar na sonegação de impostos, perda de empregos formais e o preocupante fato de que o consumidor fica à mercê de produtos prejudiciais à saúde.

Em estudo realizado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa com cigarros contrabandeados (que não passam por fiscalização ), a agência de controle sanitário, verificou a presença de metais pesados em grande quantidade, aumentando os riscos para os consumidores. O mesmo ocorre com medicamentos, especialmente os destinados ao combate às doenças mais complexas, que, por serem mais caros, atraem os criminosos que vendem placebos como se tivessem elemento ativo.

O que muitos também desconhecem é que o comércio de produtos ilegais está vinculado a uma série de crimes muito mais graves, tais como o tráfico de armas, munição e de drogas, a lavagem de dinheiro, roubo, sequestro e o tráfico de pessoas. Por trás das compras feitas em camelôs, existe a atuação de sofisticadas redes criminosas que movimentam somas bilionárias fornecendo produtos ilegais – só na cidade de São Paulo, entre 2010 e 2012, foram apreendidos mais de RS 2 bilhões em mercadorias. No Distrito Federal, em 2013, 1,23 milhões.

A movimentação financeira supera o tráfico de drogas e alimenta o crime nas mais profundas ações. Não só. Atinge diretamente a indústria e o comércio, que têm regras para garantir a segurança e a confiabilidade dos produtos, além de ser a ferramenta de sustento de milhões de trabalhadores legalizados.

Outro grave problema são as fronteiras brasileiras, que precisam deixar de ser terra sem lei. Para que isso aconteça, não bastam ações pontuais. É preciso atuação coordenada dos governos em todos os níveis, e trabalho nas mais diversas frentes para inviabilizar as atividades criminosas que comprometem a segurança do país.

Em um ano de eleições em que temos o desafio de eleger presidente, governadores, senadores, deputados estaduais e federais, e num cenário politico em plena ebulição, o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e o Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP), ao lado de setores produtivos da economia decidiram não ficar alheios ao debate. O tema é complexo e envolve diversos aspectos, tais como a segurança das fronteiras, a defesa dos direitos e da saúde dos consumidores, a proteção da indústria nacional contra a concorrência desleal e a preservação do mercado de consumo.

Nesse sentido, conclamamos os candidatos a assumir compromissos que assegurem direitos e combatam desvios de conduta inaceitáveis em um país com as dimensões territoriais, populacionais e econômicas como as brasileiras, de forma a proteger o mercado interno. Propomos aos futuros governantes um esforço sistemático para combater o contrabando, a pirataria e a falsificação de forma a defender a indústria e o comércio nacional.

A realidade do comércio ilegal no Brasil atingiu patamar que obriga mudança de postura não só das autoridades, mas de toda a sociedade. Precisamos de inteligência, tenacidade, vontade política e administrativa para proteger o mercado interno. Nosso compromisso é a defesa dos interesses nacionais e a luta contra todos os tipos de ilegalidade.

Fonte: jornal Correio Braziliense

Clique aqui e confira na íntegra o conteúdo da carta compromisso

Leia também: Em defesa do mercado legal brasileiro

Falsificação de medicamentos

O senador Jorge Viana (PT/AC) apresentou parecer favorável à Emenda da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei do Senado (ECD) 464/11, que prevê a interdição de estabelecimentos envolvidos em falsificação de medicamentos e cosméticos. O parecer foi apresentado na última 6ª feira (12/09), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal.

Segundo o relator, a proposição em análise objetiva apenas ampliar o rol de produtos que, quando falsificados, geram a não aplicação de prazo de interdição de estabelecimento previsto em lei. Tal medida vai de encontro ao interesse público e ações adotadas para coibir a pirataria e adulteração de produtos. O senador acredita que a falsificação de itens de higiene pessoal e perfumaria continua a crescer em nosso País, e diante dessa realidade se faz necessário criar mecanismos de se estancar a impunidade dos infratores.

O PLS 464/11, do sen. Humberto Costa (PT/PE), altera a legislação sanitária federal para prever que o prazo de até 90 dias de interdição de estabelecimento, como medida cautelar, não se aplicará na hipótese de apuração de falsificação dos medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos, correlatos, cosméticos e saneantes fraudados, falsificados ou adulterados de interesse à saúde pública.

O texto prevê ainda que, enquanto perdurar a interdição do estabelecimento, será vedado o uso das instalações em que ele funcionava por outro estabelecimento que desenvolva atividade similar, ainda que apenas parcialmente.

A proposição aguarda inclusão na pauta da CCJ para deliberação.

Fonte: Agência Senado e ETCO